300 mil pessoas em toda a França – e 20 mil em Paris – foram às ruas no 1º de Maio para rechaçar o “retrocesso social de Macron” e repudiar a reforma trabalhista que facilita demissões e institui o “acordado acima do legislado”. As manifestações também repeliram o plano de demitir 120 mil servidores públicos e o ataque à estatal do sistema ferroviário, a SNCF, ameaçada de privatização e corte dos direitos dos seus trabalhadores em vigor há décadas.
Desde abril, os ferroviários estão lutando contra esse achaque, com dois dias de greve de cada cinco de serviço, com paralisação da maior parte dos trens, inclusive os de alta velocidade.
Nos atos do 1º de Maio também participaram os estudantes, que se declaram solidários com os trabalhadores e denunciam a “reforma da educação” de Macron, que promove o sucateamento das universidades públicas, com várias unidades sob ocupação dos alunos.
Em Paris, houve confronto entre a tropa de choque e jovens trajados de negro e mascarados (os black blocks). A Praça Austerlitz ficou tomada pelo gás lacrimogêneo e carros foram incendiados. Também houve danos a lojas. Dezenas de manifestantes acabaram detidos.