
Foram 300 mil no centro de Tel Aviv, na maior manifestação desde o início da agressão a Gaza. Em todo o país houve 300 manifestações somando 2,5 milhões de participantes segundo o jornal Haaretz
Alon Lee-Grin, dirigente da organização de judeus e árabes israelenses Standing Together (De Pé Juntos), um dos líderes do movimento que paralisou Israel neste domingo, portando um cartaz com os dizeres em hebraico e árabe afirmando “Nos negamos a ser inimigos”, expressou os vetores que mobilizaram multidões:
“Estamos aqui”, disse Lee-Grin ainda no meio da tarde deste domingo (17), “bloqueando as principais avenidas de Tel Aviv, assim como ocorre por todo o país. estamos paralisando todas as cidades, com uma mensagem muito clara. Não permitiremos que o governo de Smotrich, Gvir e Netanyahu esfomeem as crianças de Gaza. Estamos aqui com uma mensagem clara de que judeus e árabes exigem: saiam já de Gaza”.
“E aos soldados”, prossegue Lee-Grin, “nosso recado é, recusem-se a entrar em Gaza. Esta é uma ordem ilegal e uma bandeira negra se ergue sobre ela, que é esfomear os de Gaza, abandonar os reféns e dizimar todo o povo de Gaza”.
“Cabe a nós fazer greve, nos manifestarmos, recorrermos a todo tipo de perturbação da ordem, nos recusarmos a servir, devemos mobilizar as multidões. Este é o único caminho para acabar com esta guerra, acabar com o extermínio e sairmos de Gaza e trazermos os reféns de volta”.
Veja o vídeo com as declarações de Lee-Grin no link:
Uma das principais faixas exigia um acordo para trazer os reféns de volta:

Também resumiu as reivindicações da manifestação, um dono de restaurante em Haifa que postou uma faixa à entrada do estabelecimento com os dizeres:

GREVE /Parem a guerra agora!/ Parem com a matança e a fome em Gaza! / Tragam os reféns agora!/ Basta de sofrimento das famílias!
Uma das principais oradoras no ato de Tel Aviv foi Einav Zangakuer, mãe de Matan, que ainda se encontra como refén em Gaza. Ela reagiu as declarações de Netanyahu de que o movimento é que colocaria em risco a vida dos reféns: “A declaração tóxica e alienada de Netanyahu só provam o quanto os protestos o amedrontam”.
“O governo de Israel nunca fez um esforço real em direção a um acordo inclusivo e para o fim da guerra”, prosseguiu Einav.
“Trata-se de uma falsa guerra. Seus ministros se orgulham de torpedearem os aoordos. Se é que Netanyahu quer um acordo que o coloque na mesa, se não está mentindo para nós”, finalizou Einav.
