Um depósito de armas de um bando de terroristas explodiu no domingo, na província de Idleb, ao norte da Síria. Segundo informe do Observatório Sírio dos Direitos Humanos – OSDH (organismo que atua de Londres) 69 pessoas morreram na explosão, 17 delas crianças.
De acordo com o jornal inglês, The Independent, o depósito que explodiu ficava em um prédio de cinco andares, em uma região residencial da cidade de Sarmada.
Idleb é a última das províncias – localizada na fronteira com a Turquia – ainda na mão de bandos terroristas, afora áreas isoladas ao sudeste do país onde há bases norte-americanas que se aliam a alguns dos bandos que tentaram derrubar o governo sírio através de ações de terror.
O governo sírio apresentou armas de fabricação norte-americana e israelense em depósitos de armas encontrados em regiões recentemente liberadas nas regiões fronteiriças do Iraque e da Jordânia e ainda na região do Golã que faz fronteira com territórios sírios ocupados por Israel desde 1967.
Segundo as informações sobre a explosão em Idleb, o depósito pertencia à organização Hayat Tahrir al-Shams – HTS (Comitê de Libertação do Levante) que resultou da fusão de vários bandos bancados pelos Estados Unidos e Arábia Saudita e derrotados na grande maioria das regiões onde se espalharam pelo país. Principal componente do HTS é a Frente Al Nusra, que se notabilizou por filmar e divulgar elementos do bando a devorarem o fígado de suas vítimas e deceparem cabeças de quem quer que não se submetessem a suas leis sectárias nas regiões que ocupavam.
Quem correu em socorro dos atingidos pelo desastre foi o grupo dos Capacetes Brancos – promovido e financiado pelos EUA e Inglaterra. Supostos socorristas que atuam nas regiões ocupadas pelos bandos e que ajudam na difamação do governo sírio para “justificar” a intervenção norte-americana e de governos europeus avassalados.
Nos últimos dias o governo sírio tem distribuído panfletos a partir de helicópteros que sobrevoam a região ocupada. Nos folhetos, há um chamado aos civis sírios para que se desloquem aos Centros de Reconciliação e se reintegrem ao país nas regiões livres da invasão terrorista, uma vez que as ações de retomada da província já começam a ser tomadas pelo Exército da Síria.
Em contraposição chegam informações de centenas de prisões realizadas pelos terroristas contra civis que tentam sair da região ocupada.
NATHANIEL BRAIA