
Cantores e artistas do mundo inteiro anunciaram sua participação em um boicote cultural visando retirar suas obras de plataformas de streaming digital israelenses, em sinal de protesto ao ataque criminoso em curso contra os palestinos em Gaza
A declaração reunindo 400 artistas de diversos pontos do Planeta sob o lema “Sem Música para o Genocídio” conta entre os signatários artistas reconhecidos internacionalmente, como a banda britânica Massive Attack, o grupo escocês Primal Scream e a banda Japanese Breakfast, além da cantora e compositora Carole King, a estrela pop japonesa Rina Sawayama e o artista dinamarquês MØ.
Os organizadores da campanha frisaram que o boicote tem como objetivo pressionar grandes gravadoras — incluindo Sony, Universal e Warner —, deixando claro que a situação de fome e extrema vulnerabilidade do povo palestino, especialmente de mulheres e crianças, sofrendo em meio aos ataques terroristas de Israel, tem alimentado a indignação global e crescentes apelos por medidas concretas para deter a barbárie do governo de Benjamin Netanyahu.
“A cultura não pode parar bombas sozinha”, afirma a declaração, “mas pode ajudar a rejeitar a repressão política, mudar a opinião pública em direção à justiça e recusar a lavagem de arte e a normalização de qualquer empresa ou nação que cometa crimes contra a Humanidade”.
ONDA DE PROTESTOS CULTURAIS CONTRA TERRORISMO DE ISRAEL
O boicote faz parte de uma onda mais ampla de protestos culturais, esportivos e artísticos em todo o mundo que se manifestado contra a contínua ofensiva de Israel em Gaza.
Além do boicote cultural com a participação de 400 artistas, a Holanda, Espanha, Islândia, Irlanda e Eslovênia informam oficialmente que não participarão do festival Eurovisão por seus organizaroes se negarem a impedir a participação de Israel enquanto seguir o massacre aos palestinos.
No domingo (14), a 77ª premiação Emmy se tornou uma plataforma sem precedentes para condenar o genocídio em Gaza, já que vários atores usaram seus discursos para expressar solidariedade ao povo palestino.
Os atores Hannah Einbinder, Ruth Negga, Chris Perfetti e Aimee Lou Wood compareceram à cerimônia usando broches vermelhos da campanha Artists4Ceasefire, movimento de artistas em prol de um cessar-fogo imediato e permanente em Gaza. O ator espanhol Javier Bardem, indicado ao prêmio no Emmy de Melhor Ator Coadjuvante na Minissérie “Monstros: A História de Lyle e Erik Menendez”, se apresentou usando um keffiyeh (lenço que simboliza a Resistência Palestina).
Bardem destacou o compromisso que assinou — juntamente com mais de 4.000 cineastas — de não colaborar com instituições israelenses, a menos que se distanciem da guerra. Ele também prometeu que “nunca trabalharia” com nenhuma produtora que não condenasse o genocídio israelense em Gaza.
A Flotilha da Liberdade Summud (Perseverança Inabalável), composta por cerca de 50 embarcações de 44 países navega pelo mar Mediterrâneo para levar alimentos, medicamentos e equipamentos médicos ao território palestino ocupado. O objetivo é de que nos próximos oito dias os integrantes – com 15 brasileiros – consigam chegar ao destino, rompendo o criminoso bloqueio imposto desde 7 de outubro de 2023 pelo Estado sionista.
ATAQUE CONTRA GAZA CONTINUA IMPLACÁVEL
Pelo menos 33 palestinos foram mortos e outros 146 ficaram feridos na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas como resultado do genocídio israelense em andamento na região, de acordo com fontes médicas.
Autoridades de saúde locais confirmaram que o número de mortos palestinos em decorrência do ataque israelense desde outubro de 2023 aumentou para 65.174, com mais 166.071 feridos. A maioria das vítimas são mulheres e crianças.
Os serviços de emergência ainda não conseguem chegar a muitas vítimas e corpos presos sob os escombros ou espalhados nas estradas do enclave devastado pela guerra, enquanto as forças de ocupação israelenses continuam a atacar equipes de ambulâncias e de defesa civil, de acordo com as autoridades de saúde.
O ataque genocida de Israel continua implacável, apesar dos apelos do Conselho de Segurança das Nações Unidas por um cessar-fogo imediato e das diretrizes do Tribunal Internacional de Justiça solicitando medidas para prevenir os assassinatos e aliviar a terrível situação humanitária em Gaza.