Sob o título “Deixe Cuba viver”, 440 intelectuais, clérigos, artistas, líderes políticos e ativistas de todo o mundo publicaram nesta sexta-feira uma carta aberta ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, no jornal The New York Times, exigindo que levante imediatamente o bloqueio a que a Ilha é submetida e que já dura seis décadas.
A missiva assinada por intelectuais como Noam Chomsky, Gayatri Spivak, Roxanne Dunbar-Ortiz, Judith Butler e Cornel West (líder do movimento Black Lives Matter); artistas como Oliver Stone, Chico Buarque de Hollanda, Jane Fonda, Susan Sarandon, Danny Glover, Wagner Moura e Mark Ruffalo, e políticos como os ex-presidentes Lula, do Brasil e Rafael Correa, do Equador, é uma iniciativa do Centro Memorial Martin Luther King e das organizações The People’s Forum e Codepink para “mudar a política imoral e míope dos Estados Unidos em relação a Cuba” e “fornecer medicamentos e suprimentos médicos muito necessários para o povo cubano. “
“Parece-nos inconcebível, especialmente durante uma pandemia, bloquear intencionalmente as remessas e o uso de instituições financeiras globais por parte de Cuba, visto que o acesso a dólares é necessário para a importação de alimentos e medicamentos”, destaca o documento
“Quando a pandemia atingiu a ilha, seu povo e seu governo perderam bilhões em receitas do turismo internacional que normalmente iriam para o sistema público de saúde, distribuição de alimentos e ajuda financeira”, assinala a carta e lembra que, no dia 23 de junho, a maioria dos Estados membros das Nações Unidas votou por pedir aos Estados Unidos o fim do bloqueio.
Os signatários exigem uma mudança de rumo nas relações entre os Estados Unidos e Cuba. Assinalam que no dia 12 de junho, por meio de um comunicado, Biden manifestou seu apoio ao povo cubano. “Nesse caso, pedimos que assine imediatamente uma ordem executiva e anule as 243 medidas coercitivas do ex-presidente Donald Trump”, sublinha a carta.