A Polícia Federal deflagrou a 46ª fase da Operação Lava Jato, na sexta-feira (20), e revelou que o ex-diretor de Novos Negócios da Petroquisa Djalma Rodrigues de Souza, o “Jabuti” nas planilhas da Odebrecht, recebeu R$ 28,4 milhões em propina. Segundo as investigações, ele recebeu R$ 17,7 milhões no exterior e mais R$ 10,7 milhões em dinheiro vivo no Brasil.
A pedido do MPF/PR, o juiz federal Sérgio Moro decretou a prisão preventiva de “Jabuti”, autorizado a ficar em casa por estar se recuperando de uma cirurgia. “Apesar disso, medidas cautelares como apreensão de passaporte e proibição de deixar o país e evitar contatos com outros investigados foram aplicadas”, informou o Ministério Público.
A Petroquisa era uma subsidiária da Petrobrás, que foi incorporada pela estatal em janeiro de 2012. Seus projetos no setor petroquímico foram conduzidos pela Área de Abastecimento, então chefiada por Paulo Roberto Costa. Também foram alvos da operação outros três ex-gerentes da Petrobrás – Paulo Cezar Amaro Aquino, o ‘Peixe’, Glauco Colepicolo Legatti e Maurício de Oliveira Guedes.
“As vantagens indevidas pagas a Djalma Rodrigues de Souza estariam relacionadas a contratos do grupo Odebrecht com a Companhia Petroquímica de Pernambuco – Petroquímica Suape (PQS) e a Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco (CITEPE), ambas subsidiárias integrais da Petrobrás”, destacou o juiz Sérgio Moro.