
Nordeste e Sudeste são as regiões onde Bolsonaro é mais rejeitado. Os jovens e os mais experientes não querem nem ouvir falar nele. Apenas 31% aprovam
Pesquisa PoderData realizada de 2ª a 4ª feira desta semana (6-8.dez.2021) mostra um crescimento dos que desaprovam o governo Bolsonaro. A reprovação foi de 56% de duas semanas atrás para 60% agora. Já a aprovação caiu de 33% para 31% entre uma pesquisa e outra.

A diferença entre a aprovação e a desaprovação do governo cresceu para 29 pontos percentuais, ante 23 pontos na última rodada. Especialistas chama esse tipo de resultado de “boca de jacaré”, que abre e fecha de acordo com os acontecimentos. Os últimos “acontecimentos”, como a explosão inflacionária, os escândalos de corrupção e “rachadinhas”, além da insistência de Bolsonaro em apoiar o vírus da Covid só fazem as pessoas desaprovarem ainda mais o governo.
Quando a avaliação é o desempenho pessoal de Bolsonaro, a rejeição mantém-se alta. Nesta rodada, 54% dos entrevistados tiveram essa percepção, ante 57% no levantamento realizado 15 dias antes. A variação está dentro da margem de erro do estudo, de 1,8 ponto percentual para mais ou para menos. Os que acham o chefe do Executivo “ótimo” ou “bom” mantiveram-se nos mesmos 22% – menor patamar já registrado pela empresa de estudos estatísticos do Poder360 na série histórica iniciada em abril de 2020.

52% dos homens acham Bolsonaro ruim ou péssimo e 29% acham o capitão cloroquina “ótimo” ou “bom”. Entre as mulheres, 17% gostam e 56% acham Bolsonaro ruim ou péssimo. Entre os mais novos e os mais experientes é onde Bolsonaro tem menos admiradores. 17% entre os jovens e 14% entre os mais velhos.

Na pesquisa, 64% dos nordestinos dizem que Bolsonaro é “ruim” ou “péssimo”; no Sul, 43% o acham ruim ou péssimo e 28% consideram-no “ótimo” ou “bom”. No Sudeste, 56% não querem nem ouvir falar em Bolsonaro contra 21% que acham o mandatário bom ou ótimo. Na escolaridade, Bolsonaro não passa de 20% de apoio nos estudantes de ensino fundamental nem superior.
A pesquisa foi realizada no período de 6 a 8 de dezembro de 2021 pela divisão de estudos estatísticos do Poder360. Foram 3 mil entrevistas em 489 municípios das 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 1,8 ponto percentual, para mais ou para menos.