Com a cesta básica dos aposentados argentinos está calculada em 21 mil pesos, segundo a Defensoria da Terceira Idade, o equivalente a 2.800 reais, sete de cada dez aposentados não chegam a cobrir as despesas com a sua subsistência.
O diretor da Defensoria, Eduardo Semino, declarou que “os aposentados fazem peripécias para sobreviver ante uma sociedade que tornou natural o fato de que envelhecer é ser pobre”.
Com uma inflação acumulada até o final de julho em 19,6% e uma aposentadoria mínima de 8.200 pesos (R$ 1.066) “ninguém pode viver e estamos falando de um universo de 7 milhões de pessoas”, acrescentou Semino.
Neste universo, há ainda 1,3 milhão que recebem as chamadas “aposentadorias contributivas”, principalmente deficientes que perfazem 6.000 pesos mensais, sobrevivendo “em condições de infraconsumo”, conforme observa a Defensoria.
Para agravar a situação, nos últimos seis meses os medicamentos não contemplados por assistência social ou de saúde tiveram aumento de 30%.
“O que se faz necessário é uma recomposiçã imediata das aposentadorias”, finalizou Semino.