Com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) elaborou o estudo “Trabalho novo, precarização antiga”, divulgado na terça-feira (13), no qual conclui que a taxa de informalidade atingiu 74,2% de 9,4 milhões de pessoas que começaram a trabalhar no segundo trimestre, ou seja, sem carteira assinada e outros direitos como FGTS, 13º e férias.
O índice é muito superior do que os 39% de informalidade em relação ao número total de pessoas empregadas, que é de 91,2 milhões de ocupados.
De acordo com o documento, “o número de ocupados no mercado de trabalho brasileiro passou de 90,6 para 91,2 milhões, na passagem do 1º para o 2º trimestre de 2018 (600 mil trabalhadores a mais). A rotatividade continua alta: 8,8 milhões que estavam ocupados ficaram desempregados ou saíram da força de trabalho, enquanto outros 9,4 milhões de inativos ou desocupados (5,6 milhões e 3,8 milhões, respectivamente) conseguiram uma vaga”.
Segundo o Dieese, a maioria das pessoas que entraram no mercado de trabalho no segundo trimestre ingressou em trabalhos precários. Maior informalidade, menor a contribuição para a Previdência – 86% dos informais não contribuem para o sistema previdenciário -, ocupações típicas de uma economia com baixo dinamismo (especialmente para as mulheres) e rendimentos inferiores à metade do mercado de trabalho em geral: “Enquanto os ingressantes recebiam cerca de R$ 1.023, o mercado oferecia em média R$ 2.128 para os demais”.
“Mais do que o estreitamento das oportunidades para os novos trabalhadores, o movimento descreve a falta de fôlego da economia brasileira para proporcionar, no curto prazo, alternativas mais estruturadas de trabalho, devido à fraca recuperação e a ausências de perspectivas melhores para o próximo período”, afirma o instituto de pesquisa.
Compensa manter uma relação de emprego com o governo ou empresa? Não. Temos três poderes: empresa, governo e trabalho. Para acontecer a democracia é preciso separar e equilibrar os poderes. Por que a empresa intermedeia o pagamento de salários e tributos realizados pelos consumidores, acumula riquezas, determina a oferta e a procura, não gera empregos, determina em conjunto com o governo a sonegação, retirada dos direitos adquiridos….
A tributação e o salário numa democracia: isentar todas as empresas do pagamento de salários e tributos realizados pelos consumidores, tributar e pagar salários com base no consumo anual da pessoa física…. tirar o regime de tutela exercido pela empresa ou governo