
Como se não bastassem as inúmeras ambulâncias atingidas pela força de ocupação e extermínio israelenses, impedindo o auxílio às vítimas, agora os socorristas enfrentam uma “grave escassez de combustível” e hospitais “de geradores elétricos e dispositivos de oxigênio”
A Agência de Defesa Civil de Gaza informou que a falta de combustível forçou três quartos das suas ambulâncias a pararem de circular e prestar qualquer tipo de atendimento às vítimas, após mais de dois meses de completo cerco israelense, que bloqueia por terra, ar e mar a entrada de qualquer ajuda à população civil do enclave.
“Setenta e cinco por cento de nossos veículos pararam de operar devido à falta de óleo diesel”, afirmou o porta-voz da agência, Mahmud Bassal, assinalando que seus socorristas também enfrentam uma “grave escassez de geradores elétricos e dispositivos de oxigênio”.
Durante semanas, as autoridades das Nações Unidas, junto a Organizações Não Governamentais (ONG) têm alertado para a escassez de alimentos, medicamentos e combustível na Faixa de Gaza.
Mais de 30 peritos independentes enviados pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU instaram os Estados a “agirem rapidamente para pôr fim ao genocídio em curso” no território palestino.
Com o agravamento da agressão de Netanyahu mediante cerco e aniquilamento, o número de palestinos mortos desde outubro de 2023 aumentou para 52.862, com mais 119.648 feridos. A maioria das vítimas é de mulheres e crianças. Para agravar a situação, uma parcela expressiva é de mutilados, particularmente entre os menores.
De acordo com as mesmas fontes, desde o fim da trégua e a retomada do genocídio por Israel em 18 de março, subiram para 2.749 os palestinos que perderam a vida enquanto 7.607 ficaram feridos.
Os serviços de emergência continuam impedidos de prestar socorro à parcela expressiva das vítimas, havendo cada vez mais corpos presos sob os escombros ou espalhados à beira das estradas. Ao mesmo tempo, as forças de ocupação israelenses continuam atacando equipes de ambulâncias e defesa civil.