O Brasil atingiu nesta sexta-feira (22), 21.048 mortes em decorrência do novo coronavírus. 1001 delas registradas nas últimas 24 horas. Segundo o boletim mais recente do Ministério da Saúde, o país soma 330.890 diagnósticos da doença, com a confirmação de 20.803 infectados entre ontem e hoje.
Com isso, o país ultrapassou a Rússia em número de casos do novo coronavírus e chegou a 2ª posição entre os países com mais infectados pela doença, perdendo apenas para os Estados Unidos.
Segundo a Universidade Johns Hopkins, os Estados Unidos tem 1.598.631 infectados e a Rússia 326.448, enquanto o Brasil tem 330.890, com 21.048 mortes.
Ainda segundo o ministério, 3.552 óbitos suspeitos ainda estão em investigação e 174.412 casos seguem em acompanhamento. Um total de 135.430 pacientes já se recuperou da doença.
Nesta semana, o país registrou pela primeira vez mais de mil óbitos entre um dia e outro; na terça-feira, foram 1.179 mortes pela doença. Já ontem, a marca negativa de mil mortes confirmadas pela doença em 24 horas se repetiu, com novos 1.188 óbitos registrados.
200 mil casos em um mês
Em menos de um mês, o país passou de 100 mil diagnósticos para mais de 300 mil infectados pela doença, com aceleração do aumento de casos confirmados nas últimas duas semanas.
No dia 03/05, o Brasil ultrapassou pela primeira vez a marca de 100 mil casos, com 101.227 diagnósticos da doença. Foram necessários 67 dias, desde o primeiro infectado confirmado no país, para que chegasse a este número.
Porém, onze dias depois, em 14/05, o país entrou na casa dos 200 mil casos: 202.918 infectados. Apenas uma semana após passar os mais de 200 mil diagnósticos, o Brasil atingiu ontem (21) cerca de 310.087 casos.
EPICENTRO
O diretor do programa de emergências da Organização Mundial de Saúde (OMS), Michael Ryan, declarou nesta sexta-feira que a América do Sul se tornou o novo epicentro da pandemia do novo coronavírus.
A entidade foi questionada se estava oferecendo algum tipo de assistência direta ao Brasil, que registrou um recorde de mortes diárias na última quinta-feira (21), com 1.188 mortes em 24 horas.
“Em termos de resposta, nossos colegas na Opas – um braço da OMS nas Américas – estão fornecendo ajuda direta ao governo e a muitos dos estados que estão sendo duramente afetados, incluindo o Amazonas”, afirmou Michael Ryan.
“A maioria dos casos é da região de São Paulo, mas também Rio de Janeiro, Ceará, Amazonas, Pernambuco estão sendo afetados”, disse Ryan. “Mas em termos de taxas de ataque, as mais altas estão, na verdade, no Amazonas: cerca de 490 pessoas infectadas para cada 100 mil habitantes, que é uma taxa de ataque bem alta”, comentou.
“De certa forma, a América do Sul se tornou um novo epicentro para a doença, vimos muitos países sul-americanos com aumento do número de casos, e claramente há preocupação em muitos desses países, mas certamente o mais afetado é o Brasil neste momento”, declarou Ryan.
Leia mais: