O genro de Silvio Santos, deputado federal Fábio Faria, negou que a decisão do proprietário do SBT de retirar a edição do telejornal ‘SBT Brasil’ do ar na noite de sábado (23) teve motivações políticas.
Foi a primeira vez em 15 anos de existência que o jornal não foi apresentado na noite de sábado.
Segundo página “Na Telinha” do portal Uol, na tarde de sábado, enquanto produziam o SBT Brasil, jornalistas foram surpreendidos com a ordem de Silvio Santos: o telejornal não seria levado ao ar. Pessoas que trabalham na Redação de Jornalismo do SBT disseram que a principal motivação para o cancelamento do telejornal da emissora seria evitar repercussões contra Bolsonaro, já que na sexta-feira, a tônica da edição foi crítica ao presidente.
Silvio Santos teria tomado tal atitude após ser informado pelo seu genro que o secretário de comunicação do governo, Fábio Wajngarten, telefonou para ele reclamando da cobertura. O aliado do presidente teria apontado que o SBT Brasil acabou concluindo, em cerca de cinco minutos de reportagem, que Sergio Moro estava certo em sua denúncia de que Bolsonaro teria tentado interferir na Polícia Federal.
Fábio Faria negou que isso tenha ocorrido. Já a emissora, não se pronunciou sobre o motivo da suspensão. Ao invés do SBT Brasil, foi exibida uma reprise do programa de fofocas “Triturando”.
Apesar da publicação do deputado, o SBT não exibiu a íntegra da reunião ministerial de 22 de abril.
No trecho destacado pelo SBT, Bolsonaro critica os governadores, fala da necessidade de estar em contato com o “povo”, da vontade de armar a população para “evitar uma ditadura” e a importância de trocar “pessoas da segurança nossa” para proteger amigos e familiares.
Os trechos exibidos pelo SBT contêm uma série de palavrões, mantidos sem nenhum tipo de censura na exibição no horário nobre da emissora, às 19h20. Foram ao ar sem nenhum tipo de chamada, informação escrita ou marca visual da emissora.