O Democratas anunciou, na terça-feira (2), a expulsão da bolsonarista Sara Winter, que lidera um acampamento e organiza manifestações pelo fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional.
“As atitudes dela são contrárias aos padrões éticos e aos princípios do partido. Ela já está afastada”, explicou ACM Neto, presidente nacional do partido e prefeito de Salvador. A bolsonarista se filiou ao DEM em 2018, quando tentou se eleger deputada estadual pelo Rio de Janeiro.
“É importante ressaltar que o Democratas repudia, de forma veemente, quaisquer atos de violência ou atentatórios ao Estado de Direito, ao Regime Democrático e às instituições brasileiras”.
“Nós usamos o estatuto e o código de ética do Democratas para embasar a decisão de expulsá-la. Jamais vamos aceitar em nosso partido quem prega a violência e pratica atos antidemocráticos”.
Em seu perfil no Twitter, ela alegou que não poderia ser expulsa já que é filiada ao Aliança pelo Brasil, legenda criada por Jair Bolsonaro em 2019, que não cumpriu as exigências do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para disputar eleições.
Sara é líder do grupo autodenominado “300 do Brasil” que, durante o final de semana, fez uma manifestação com 30 participantes de máscaras brancas e tochas, ao estilo Ku Klux Klan, em frente ao STF. Ela já admitiu que o grupo tem armas em seu acampamento, montado perto da Praça dos Três Poderes.
Na investigação conduzida pelo STF, sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, sobre o financiamento, produção e divulgação de fake news, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Sara Winter.