A relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News, deputada Lidice da Mata (PSB-BA), rebateu as versões da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) sobre as propagandas do governo em sites impróprios.
A deputada defendeu que “há que se ter critério para publicações de propaganda do governo em sites duvidosos e de conteúdo inadequado”.
“É necessário que tenhamos em mente que é preciso combater a disseminação de informações falsas e de comportamento desinformativo”, comentou a relatora da CPMI das Fake News.
Um relatório produzido a pedido da CPMI identificou que em 38 dias, entre junho e julho de 2019, a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) fez propaganda da Reforma da Previdência em canais no Youtube e sites inadequados. Foram mais de 2 milhões de anúncios em sites desse tipo nesse curto período.
As propagandas, em sua maioria sobre a reforma da Previdência, foram veiculadas entre canais no Youtube que foram banidos pela plataforma por não seguirem as regras, sites de notícias falsas, que oferecem investimentos ilegais e até mesmo de pornografia.
Fábio Wajngarten, chefe da Secom, alegou que não tinha como escolher os sites para veicular as propagandas.
O secretário de Publicidade da Secom, Glen Valente, admitiu que as propagandas aconteceram em sites impróprios, mas falou que impedir isso seria “censura” e contra a “liberdade de expressão”. “A gente não faz censura, a gente não faz definição de nenhuma plataforma ou exclui ninguém” das propagandas do governo.
A Google AdSense informou que é possível excluir sites e canais da veiculação.
Consultada pela reportagem da Hora do Povo, Lidice da Mata afirmou que “é uma questão a ser respondida pela própria Secom da Presidência, pois há que se ter critério para publicações de propaganda do governo em sites duvidosos e de conteúdo inadequado”.
“Temos claro que a liberdade de expressão é um direito de todos nós, mas não é um direito absoluto quando ela ofende, calunia e destrói reputações. Há que se ter sempre muita responsabilidade com o que publicamos e disseminamos em nossos canais de comunicação virtuais”, completou.
PEDRO BIANCO
A CPMI das mentiras do Bolsonaro e seu gado zeburro, tem que solicitar da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) os meses posteriores a junho e julho de 2019, pois já estamos em junho de 2020, falta portanto, entregar o conteudo destes 11 meses e não apenas 38 dias. A lei é para todos a Constituição acima de tudo. Queremos a verdade e está nos libertará.