O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) adiou o julgamento das ações que pedem cassação da chapa de Bolsonaro, eleita em 2018, por um pedido de vistas do ministro Alexandre de Moraes.
O julgamento tinha recomeçado na terça-feira (9), após seis meses suspenso.
As ações contra a chapa de Bolsonaro argumentam que sua eleição foi beneficiada por um ataque a uma página nas redes sociais de mulheres que se organizavam contrárias a Bolsonaro.
O grupo no Facebook “Mulheres contra Bolsonaro”, que reunia 2,7 milhões de pessoas, foi atacado por hackers e teve seu nome alterado para “Mulheres COM Bolsonaro #17”.
O julgamento começou em 2019, mas foi interrompido em novembro por um pedido de vistas do ministro Edson Fachin.
Na terça-feira, o ministro pediu a reabertura das investigações e apontou que novas provas podem ser produzidas no caso e que elas podem ligar Bolsonaro ao ataque de hackers.
Os ministros Tarcísio Vieira e Carlos Velloso Filho concordaram com Fachin, formando uma maioria de 3 a 2 votos. Os ministros Og Fernandes, relator do caso, e Luís Felipe Salomão foram contrários.
Fachin quer que seja feita uma perícia cibernética pela Polícia Federal para identificar as pessoas que fizeram a invasão do grupo de Facebook.
A Polícia Civil da Bahia investiga o caso, mas até hoje não conseguiu saber quem foram os autores da invasão. Também não realizou perícia cibernética nos equipamentos para levantar provas e indícios.
Faltam ainda os votos de Alexandre de Moraes e do presidente do TSE, Luís Roberto Barroso. Não há previsão da data de retomada do julgamento.