Um dos integrantes do grupo bolsonarista chamado “QG Agro”, Daniel Miguel, foi preso temporariamente, na terça-feira (23), pela Polícia Federal (PF). Conhecido como “Daniel Ativista”, ele foi convocado a prestar depoimento na Superintendência da instituição.
Porém, ao chegar no local, o bolsonarista descobriu a existência de mandado de prisão expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, como parte do inquérito que investiga atos antidemocráticos contra o Supremo Tribunal Federal (STF).
Daniel faz parte do grupo retirado da Esplanada dos Ministérios pelo governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha, assim como ocorreu com o “300 do Brasil”, liderado por Sara Geromini. Apesar de pertencerem a movimentos diferentes, os ativistas são colegas e costumam aparecer juntos durante os protestos a favor do governo. Ela também é alvo no processo de Moraes e está presa desde 15 de junho.
Um dia antes da prisão, ele postou nas redes sociais uma foto da intimação e questionou o motivo da convocação na PF. “Amanhã vou depor na Polícia Federal às 10 horas da manhã pois recebi uma carta de intimação da qual não sei o que se trata mas a verdade deve prevalecer sempre doa a quem doer”, escreveu, no Twitter.
Além de Daniel e Sara, outros três bolsonaristas foram detidos preventivamente dentro do mesmo inquérito. Porém, ele não está na lista dos primeiros procurados pela PF, no dia da prisão de Winter. Isso leva a defesa dos demais investigados a acreditar que há mais mandados de prisão a mando de Moraes ainda não executados, criando uma tensão entre os ativistas.