Um guarda civil metropolitano e dois policias militares acusados da maior chacina da história do estado de São Paulo foram condenados na última sexta-feira (22), pelos assassinatos de 17 pessoas e pela tentativa de matar outras sete em 2015.
Quatro homens e três mulheres participaram do conselho de sentença. Coube à juíza Elia Bullman estipular a pena dos condenados, que somadas ultrapassam 600 anos de prisão.
O PM da Rota Fabrício Eleutério foi condenado a 255 anos, 7 meses e 10 dias de prisão; o policial militar Thiago Henklain a 247 anos, 7 meses e 10 dias; e o guarda-civil Sérgio Manhanhã a 100 anos e 10 meses.
Câmeras de segurança gravaram homens mascarados executando as vítimas num bar em Barueri, cidade que registrou três mortes. Antes, outras 14 pessoas foram mortas a tiros em diversos locais de Osasco. Segundo a investigação, apesar das mortes terem ocorrido em oito lugares diferentes, elas foram cometidas pelo mesmo grupo. A matança ocorreu num período de cerca de duas horas.
Dona Zilda, mãe de uma vítima, disse que ia ao cemitério rezar pelo filho. “Eles morreram sem saber. Na periferia, mataram esses meninos inocentes. Pra que fazer isso?”, questionou Zilda. Ela falou, ainda, que não está feliz com a sentença. “Para mim, não é vitória completa porque meu filho não vai voltar mais. Todos que estão mortos ali não vão voltar mais”.