A pesquisa Indicadores Industriais da Confederação Nacional da Indústria (CNI) de dezembro mostra que a atividade industrial segue no fundo do poço. O setor encerrou o ano de 2017 com queda da maioria das variáveis da indústria, na comparação com 2016.
Segundo a CNI, o faturamento recuou -0,2%; as horas trabalhadas caíram -2,2% e o emprego industrial reduziu -2,7%.
O rendimento médio real (tudo que se recebeu no mês) e a massa salarial (a soma de todos os salários pagos aos trabalhadores no ano) pioraram no segundo semestre de 2017 em relação ao primeiro, em que pese toda a propaganda do governo Temer e de parte da mídia de que a renda salarial cresceu.
RENDA
A massa salarial recuou 0,6% em dezembro em relação a novembro, após os ajustes sazonais (quando são descontadas algumas características do mês, como o período do Natal). É a segunda queda consecutiva do índice. No segundo semestre a situação dos trabalhadores se agravou, foram registradas quatro quedas mensais ante duas no semestre anterior. No ano, a massa salarial recuou -1,9%.
Sobre o rendimento médio real, a situação também piorou com queda de -0,4% em dezembro em relação a novembro, a segunda queda consecutiva do índice. Como no caso da massa salarial, o rendimento médio registrou desempenho mais negativo no segundo semestre de 2017 do que no primeiro. O resultado de dezembro de 2017 é praticamente idêntico ao registrado em dezembro de 2016, quando variou 0,1%, ou seja, ZERO.