Replicando a homenagem ao “Black Lives Matter” que foi estampado na rua em frente à Casa Branca no auge da revolta contra o linchamento de George Floyd por um policial, agora foi a vez da cidade de Nova York valorizar as imediações da Trump Tower, na Quinta Avenida, com o lema antirracista, em letras amarelas gigantes.
Cumprindo promessa feita na época, o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, acompanhado da esposa, Chirlane Irene McCray, que é negra, e do líder dos direitos civis, reverendo Al Sharpton, mais ativistas de várias organizações, participou na quinta-feira (9) da pintura no asfalto.
Foi Sharpton que, na homenagem de despedida de Floyd, em Minneapolis, convocou a “tirarem o joelho de nossos pescoços”, ecoando a última frase de Floyd, que levantou a América contra o racismo e a impunidade: “não consigo respirar”.
O presidente bilionário mantém um triplex na Trump Tower de Nova York e o arranha-céu também abriga a sede do seu grupo empresarial. Trump já se referira ao plano, dizendo que iria “denegrir” a mundialmente conhecida avenida com “um símbolo de ódio”.
Declaração ainda mais estapafúrdia, partindo de quem venera o estandarte dos senhores de escravos, a bandeira confederada.
De Blasio retrucou que queria que Trump visse “três palavras pelas quais ele não tem respeito”. É capaz de Trump sofrer um ataque de urticária.
Desde que Trump assumiu a presidência, a Trump Tower é frequentemente cenário de protestos, como no pior momento da pandemia do coronavírus, quando manifestantes levaram sacos pretos, simbolizando os mortos da covid-19, para a entrada do arranha-céu.
No ano passado, o presidente republicano mudou sua residência oficial para a Flórida, no complexo hoteleiro Mar-a-Lago, e agora raramente vai a Nova York, sua cidade natal.