Bolsonaro oficializou na quinta-feira (9) a substituição de quatro vice-líderes do governo na Câmara.
Os deputados Carlos Henrique Gaguim (DEM-TO), Daniel Silveira (PSL-RJ), José Rocha (PL-BA) e Otoni de Paula (PSC-RJ) deixaram cargos de vice-líderes do governo na Casa.
Foram substituídos por Carla Zambelli (PSL-SP), Diego Garcia (Podemos-PR), Aluísio Mendes (PSC-MA) e Maurício Dziedricki (PTB-RS).
A troca saiu na edição extra do “Diário Oficial da União”. Segundo comentários de políticos na Câmara e no Senado, as trocas de Bolsonaro visam aproximá-lo mais ainda do campo chamado de “centrão” no Congresso e reduzir o risco de sofrer um impeachment.
Figuras que se notabilizaram por envolvimento com a corrupção, como Roberto Jefferson (PTB), Valdemar Consta Neto (PL) e Ciro Nogueira (PP), são os mais recentes interlocutores e defensores de Bolsonaro.
O governo também buscou tirar de cena, temporariamente, nomes polêmicos que, por suas trapalhadas ou inconsequências, acirram a antipatia ao governo no Congresso.
Entre eles estão o deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ), lembrado por agredir a memória de Marielle Franco, ao quebrar uma placa em homenagem à vereadora barbaramente assassinada.
O outro é Otoni de Paula, deputado do PSC do Rio de Janeiro, que na semana passada ofendeu o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Otoni chamou Moraes de “lixo” e “canalha” por causa do inquérito das fake news.
Ele disse ainda que o ministro “é um déspota”, “é um tirano, é alguém que passa por cima das leis para o seu bel prazer. Isso é Alexandre de Moraes”. “A cada dia está com menos respeito da população brasileira. Por isso, é chamado de cabeça de ovo, cabeça de piroca”.
As trocas foram encaminhadas pelo ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos.
Pode trocar todos e continuará muito ruim e péssimo o que não tem conserto nem nunca terá, o que não tem governo nem nunca terá.