O governo de Minas Gerais, do petista Fernando Pimentel, acaba de privatizar 363,95 quilômetros das rodovias BR-135, MG-231 e LMG-754, ligando a BR-040 à cidade de Montes Claros, no Norte de Minas Gerais. A EcoRodovias, empresa do Grupo CR Almeida, associada às italianas Impregilo International N.V. e Gruppo Gavio, adquiriu o direito de explorar o trecho por 30 anos.
O consórcio EcoRodovias venceu o leilão ao apresentar uma oferta de R$ 2,06 bilhões. Esse valor será pago em suaves prestações. Serão 348 parcelas, com a primeira parcela somente no primeiro mês do segundo ano de contrato. 80% dos investimentos que o consórcio terá obrigação de fazer terão financiamento do BNDES com juros pela TJLP.
O contrato diz que a concessionária vencedora do lote rodoviário deverá atuar em quatro frentes de trabalho: recuperação e manutenção; melhorias operacionais e de ampliação de capacidade e manutenção de nível de serviço; conservação; e serviços operacionais. No entanto, na maioria das estradas privatizadas, o que se vê de obras, são apenas os parques de pedágio.
Petistas costumavam criticar o PSDB por estes insistirem na privatização do patrimônio público, mas, quando eles assumiram governos, passaram a fazer o mesmo que os tucanos. Foi assim com Dilma Roussef, que entregou o Campo de Libra, no pré-sal, para a Shell e Total, vendeu estradas, portos e aeroportos, foi assim com Fernando Haddad, que leiloou hospitais e postos de saúde para OSs e, agora com Fernando Pimentel, em Minas Gerais.
Anos depois das privatizações de estradas no país, não houve mudanças significativas nos defeitos das estradas brasileiras. A única coisa que mudou foi o encarecimento dos transportes.