As centrais sindicais CSP-Conlutas e CGTB, além de entidades dos servidores públicos reunidas pelo Fórum Nacional de Carreiras de Estado (Fonacate) e o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) mantêm a mobilização para a greve geral no dia 19 contra a reforma da Previdência.
Segundo a Conlutas, não é momento de descansar: “Embora admita que o governo não tem os votos necessários para aprovar a medida, o discurso das lideranças governistas é de que o cenário pode mudar nos próximos dias e a intenção é colocar a reforma em votação até o dia 28”.
Nesta semana o relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Maia (PPS-BA), apresentou o novo texto, concedendo pensão vitalícia para familiares de policiais federais, rodoviários federais e civis e agentes penitenciários que morrerem em serviço. Mas a entidade denuncia que “o texto mantém a essência de ataque desta reforma que, na prática, significa o fim do direito à aposentadoria para os trabalhadores brasileiros”.
“Essa reforma só serve para agradar aos banqueiros e poderosos. Ela está toda baseada em mentiras, como comprovou a CPI da Previdência. E o povo sabe que não tem cabimento se aposentar pela hora da morte, por isso que ‘quem votar não volta’. É esse o nosso lema para o dia 19, e devemos deixar bem claro para todos os deputados. É preciso ficar alerta, mesmo sem ter garantidos os 308 votos. Não podemos deixar passar essa reforma de maneira nenhuma, vamos tomar as ruas, é a Greve Geral que vai dar o recado”, ressaltou o presidente da CGTB, Ubiraci Oliveira.
“Orientamos que todos os sindicatos, movimentos e entidades filiadas organizem, nos estados e regiões, plenárias, seminários e reuniões, com todas as organizações e ativistas que estejam dispostos a lutar, para preparar as mobilizações do dia 19”, diz a nota da Conlutas.