O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), foi indiciado pela Lava Jato paulista, na quinta-feira (16), por crimes de lavagem de dinheiro, caixa dois eleitoral e corrupção passiva.
Também foram indiciados o ex-tesoureiro do PSDB, Marcos Monteiro, e o advogado Sebastião Eduardo Alves de Castro.
Segundo delações feitas por diretores da empreiteira Odebrecht, nas eleições de 2010 e 2014, Geraldo Alckmin recebeu R$ 10 milhões via caixa dois para realizar a campanha. Nas duas vezes, Alckmin foi eleito governador de São Paulo.
Segundo o ex-diretor da empreiteira, Carlos Armando Paschoal, foram pagos à campanha de Alckmin R$ 2 milhões em 2010.
Outros delatores disseram que em 2014 foram pagos R$ 8,3 milhões, intermediados pelo então tesoureiro, Marcos Monteiro.
Um cunhado de Alckmin, Adhemar Ribeiro, não foi indiciado porque seus crimes já teriam prescrito, visto que ele já tem mais de 80 anos.
A defesa de Alckmin disse que o indiciamento “foi injustificável e precipitado” e “feriu o direito da ampla defesa”.
O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, disse que Alckmin “sempre levou uma vida modesta e de dedicação ao serviço público. É uma referência de correção e retidão na vida pública. Tem toda a confiança do PSDB”.
O atual governador do estado, João Dória, disse ter “convicção de que o ex-governador de SP, Geraldo Alckmin, saberá esclarecer todos os pontos levantados sobre doações de campanha eleitoral. A trajetória de Alckmin é marcada pelo compromisso com valores éticos e dedicação à causa pública”.