A Executiva Nacional do PSDB decidiu reafirmar o fechamento de questão e orientar os 46 deputados federais do partido a votarem a favor da reforma da Previdência de Temer.
A proposta, que é polêmica entre os parlamentares – inclusive da base – por atentar descaradamente contra o direito à aposentadoria e frustrar a contribuição de milhões de trabalhadores, já tinha o “apoio incondicional” – nas palavras de Artur Virgílio – da direção do PSDB, apesar das sucessivas modificações na tentativa de aprová-la.
Contudo, alguns deputados da legenda apresentaram uma posição dissidente, para os quais o governador de Goiás, Marconi Perillo, defendeu uma punição. “Se não aprovar a reforma da Previdência agora, o Brasil vai quebrar”, disse.
Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, atual presidente da legenda e pré-candidato à Presidência, outro ferrenho defensor da criminosa proposta de Temer, garantiu que quem votar contra não sofrerá nenhuma sanção interna.
Ele diz que quer fazer um convencimento “corpo a corpo” da bancada e aproveitar, claro, para iniciar os preparativos da sua campanha. Ele defende já como parte da sua “agenda” presidenciável a necessidade da reforma e ataca o “descontrole fiscal gerado pelo déficit previdenciário”. Alckmin ignora, no entanto, que quem vota é o povo – e o povo é terminantemente contra a reforma da Previdência.