A Juventude Pátria Livre (JPL) realizou, no último sábado (25), um debate entre os seus ex-coordenadores nacionais que, ao longo dos 10 anos de existência da organização, se fez presente no conjunto das lutas do povo brasileiro.
A organização, que surgiu em 2010, em seu congresso de criação no Rio de Janeiro (RJ) realizou um debate junto a seus ex-coordenadores Pedro Campos Pereira (2010-2013), Gabriel Alves (2013-2019), com a mediação de Júnior Almeida, atual coordenador. A live também contou com a presença do deputado federal e pré-candidato à prefeitura de São Paulo, Orlando Silva (PCdoB).
Resgatando a trajetória de lutas em defesa do povo e de sua soberania, assim como os desafios para derrotarmos o obscurantismo bolsonarista, a discussão das lutas necessárias travadas pela organização, como o Leilão de Libra, em 2013, a aprovação dos Royalties para a educação pública, também no mesmo ano, além da ocupação das escolas contra a reorganização escolar em 2015, a luta contra a EC 95 do teto de gastos para a saúde e a educação e em muitos outros momentos da história das lutas nacionais.
Veja a live:
Pedro Campos Pereira relembrou momentos anteriores a fundação da JPL, quando ainda era a Juventude Revolucionária 8 de Outubro (JR8), retomando as discussões iniciais do início da organização. “O nosso manifesto já dizia que a JPL se inspirava nas melhores tradições democráticas e revolucionárias do nosso povo”, disse.
Pedro indagou o papel da juventude frente às discussões nacionais e a perseverança do coletivo nas pautas prioritárias. “A molecada da juventude, nas entidades, nos movimentos, nos sindicatos, sempre discutem em prol de uma educação de qualidade, sempre luta por direitos, por emprego, em defesa dos negros, das mulheres, dos trabalhadores, a juventude luta para construir um país mais justo, igualitário e independente, avançando a passos largos rumo a plena libertação do Brasil, a luta pela nossa Pátria Livre”, disse.
O deputado federal e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo Orlando Silva, saudou os 10 anos da juventude, relembrando as histórias antigas e as lutas que realizaram junto desde a época em que foi presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE). “Desde os primórdios, quando mais precisamos estar nas lutas contra os desmandos de Collor, a juventude já se mostrava incessante, sendo primordial na luta pelo impeachment do Collor, convocando a primeira manifestação dos Caras Pintadas. Sempre a JPL mostrou garra em prol do Brasil e na defesa dos direitos do povo brasileiro”.
“Hoje a JPL tem um papel fundamental na luta do povo brasileiro, ela guarda o caráter patriota, o caráter revolucionário e socialista. Espero que a juventude continue seguindo empenhada, na luta em defesa de uma Pátria Livre, coisa que o Bolsonaro não defende, coisa que ele não é. Seguimos na luta pela frente ampla, um caminho alternativo que garanta direitos, emprego, democracia, um projeto de nação, contra o obscurantismo, contra qualquer desmando do governo bolsonarista. A juventude tem um deputado em quem confiar, tem quem procurar em Brasília. Seguimos juntos na luta. Pátria Livre, venceremos”, concluiu.
SOBERANIA
Gabriel Alves relembrou os tempos atuais, desde o leilão do Campo de Libra, no Pré-Sal, em que a juventude mobilizou aguerrida contra a venda criminosa dos campos do pré-sal realizada pelo governo Dilma. “Foi de suma importância a luta contra os leilões do pré-sal que o governo de Dilma entregava as múltis e ao imperialismo americano, fomos recebidos a tiros e bombas de gás de forma covarde pela Força Nacional, mas não arredamos o pé. A defesa das riquezas naturais e sociais do nosso povo sempre será objeto de defesa da JPL sem qualquer hesitação em tomar as ruas para combater os traidores da pátria, com a garantia de que essas riquezas sejam usadas em benefício do povo”.
Por fim, ressaltou também a luta e a história da organização, em defesa do povo, do desenvolvimento e da nação “Sempre lutamos por uma educação pública de qualidade, que valorize os professores e a nossa cultura, com um projeto nacional de desenvolvimento, gerando pesquisa e tecnologia que forme nossos jovens, através do ensino universitário ou técnico, a Jota sempre esteve do lado do Brasil e nesse momento é mais que fundamental barrar com o projeto de Bolsonaro, que visa acabar com nossos direitos, com nossa educação e o nosso país”, disse.
FRENTE AMPLA
Junior Almeida ressaltou o atual momento em que o país vive as lutas da juventude e a importância da construção da frente ampla para derrotar o bolsonarismo.
“Bolsonaro realiza um verdadeiro desastre frente ao combate do Covid-19, trata as mortes com descaso, faz campanha contra o distanciamento social, tenta esconder o número de óbitos, não destina o orçamento necessário ao SUS, sabota as boas medidas e quer acabar com o auxílio emergencial. Hoje, milhares de mortes poderiam ter sido evitadas se o presidente tivesse cumprido sua responsabilidade de defender a nação contra a doença, Bolsonaro faz ao contrário e não põe o Estado nacional, o governo, para controlar a pandemia, proteger o emprego, assegurar renda aos pobres e nem socorrer e impulsionar a economia nacional”, diz.
“É fundamental que se construa a frente ampla para realizar a tarefa de livrar o país do bolsonarismo, repor o pacto democrático e se desenvolver. Quem ganha com a frente ampla é a nação e a juventude, é a classe trabalhadora é o povo brasileiro. É a causa da democracia, da defesa do Brasil e dos direitos do povo. Só quem perde com a frente ampla é o governo de Bolsonaro, o fascismo, o imperialismo, seguiremos com a JPL pela frente ampla e democrática”, completou Junior.
TIAGO CÉSAR