Trinta e dois atletas processaram o Comitê Olímpico Internacional (COI), declarando que a insistência em mantê-los fora dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2018 está baseada em discriminação.
A ação russa é emergencial e acontece logo após a decisão da Corte de Arbitragem do Esporte (CAS, sigla em ingles), com sede em Lausanne, Suiça, inocentando 28 atletas russos da acusação de doping generalizado perpetrada pelo (COI), e a recusa deste de convidá-los para as Olimpíadas de Inverno que se realizarão em Seul, mesmo depois do órgão máximo de arbitragem do esporte tê-los inocentado.
No dia 7, o CAS informou que “abriu um procedimento da arbitragem depois de uma solicitação preenchida por 32 atletas russos”.
O COI, sob influência anti-esportiva dos Estados Unidos, impediu a delegação russa de participar dos Jogos Olímpicos de 2016, que se realizaram no Rio de Janeiro. Agora, o COI está chamando a decisão da Corte sediada na Suíça de “extremamente desapontadora e surpreendente” e acrescentando que esta justa decisão – e não a discriminação deles próprios – terá “impacto muito negativo sobre a luta global contra o doping”.
Na segunda, dia 5, a direção do COI negou o convite a 13 atletas russos e dois treinadores para os Jogos de Seul dizendo: “Após a condução de análise detalhada do caso, o Painel de Revisão de Convites decidiu que não haverá extensão adicional de convites” aos atletas inocentados pelo CAS.
A dureza com que o COI agiu às vésperas dos Jogos Olímpicos de 2016, realizados no Rio de Janeiro, banindo dezenas de atletas de jogos internacionais por toda a vida e proibindo a delegação da Rússia de desfilar ou competir sob a bandeira do país, assim como uma série de esquemas para condenar o Comitê Olímpico da Federação Russa em uma suposta dopagem generalizada de atletas, foi denunciada pelos russos como parte integrante da campanha anti-Rússia desencadeada pelo governo norte-americano, no pior estilo de reedição da Guerra Fria.
O governo russo considerou a recusa ao convite dos seus atletas como “uma decisão injusta, ilegal, imoral e de finalidades políticas”.