Dirigentes estudantis reuniram-se com o secretário de Educação do Estado de São Paulo, Rossieli Soares, nesta terça-feira (28), para debater os protocolos para o retorno às aulas presenciais nas escolas estaduais. No estado, a previsão de retorno às aulas é o dia 8 de setembro. A data, no entanto, está sujeita às condições sanitárias e de saúde pública
Participaram da reunião, o presidente da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES-SP), Lucas Chen; o presidente da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (UPES), Hector Batista; e o presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE-SP), Caio Yuji.
Dentre os pontos apresentados pela Secretaria de Educação, está o retorno gradual das aulas, com um limite de até 35% dos estudantes nas escolas, horários alternados e um rodízio semanal dos alunos e professores.
Rossieli Soares também afirmou que a Secretaria de Educação está providenciando máscaras de proteção para estudantes e professores da rede pública, assim como a estrutura das escolas, a fim de garantir a segurança de todos.
Professores e funcionários das escolas que estiverem em situação de risco não deverão retornar ao trabalho presencial neste período.
Segundo o secretário, a prioridade para o retorno será a dos estudantes que estiverem em período de conclusão do curso e àqueles que não possuem acesso à internet para acompanhar as aulas virtuais no Centro de Mídias SP.
A possibilidade de um 4º ano opcional aos estudantes, que concluírem o Ensino Médio regular em 2020, também foi discutida na reunião.
DIÁLOGO
“Tivemos um importante debate com a Secretaria da Educação, com a abertura de um canal de diálogo fundamental entre estudantes e poder público neste período. Devemos garantir as condições necessárias para o aprendizado dos estudantes, presencial ou virtualmente”, disse o presidente da UMES.
Ele manifestou a Rossieli a preocupação dos estudantes com a necessidade do rastreio dos casos de Covid-19 no eventual retorno às aulas. Chen defendeu que a medida é fundamental para garantir a segurança de todos os envolvidos.
“As condições de isolamento irrestrito estão cada vez mais limitadas, principalmente entre os estudantes das escolas públicas da capital. Precisamos discutir as formas de rastrear os casos de coronavírus e garantir que os infectados tenham as condições para o isolamento”, defendeu Chen.
Professores de SP realizam carreata
Nesta quarta-feira (29), professores da rede pública estadual de São Paulo realizaram uma carreata contra a volta às aulas presenciais.
O grupo também cobra pagamento de salário e auxílio emergencial aos professores temporários, remunerados apenas pelas aulas efetivamente dadas. Como não está havendo aulas durante a quarentena, tais servidores estão sem salário.
O protesto foi organizado pela Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo).
Os carros se reuniram em frente ao Estádio do Morumbi, na Zona Sul da capital paulista. O grupo tentou seguir até o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, mas foi impedido por bloqueios da Polícia Militar.