Publicamos abaixo reportagem especial da jornalista e crítica de cinema Maria do Rosário Caetano para o portal Revista de CINEMA sobre a ‘Mostra de Cinema Contemporâneo Egípcio’ iniciada pelo Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB) no último dia 29 de julho.
Por Maria do Rosário Caetano
No imaginário brasileiro, o cinema egípcio se resume a dois nomes – o do ator Omar Sharif, astro de “Dr. Jivago” e “Lawrence da Arábia”, e o do cineasta Youssef Chahine, de “Adeus Bonaparte” e “Alexandria Por que?”.
Para enriquecer nosso restrito imaginário com a produção do Egito contemporâneo, o curador Amro Saad selecionou 25 longas-metragens, reunidos em um festival on-line (a primeira edição, presencial, aconteceu em 2017), promovido pelo CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil). Os filmes serão apresentados na Mostra de Cinema Contemporâneo Egípcio. A abertura virtual acontecerá nessa quarta-feira, 29 de julho, prosseguindo até 23 de agosto, com duas sessões diárias, show musical, debates, palestras e workshop.
A sessão inaugural apresentará o documentário “Para Onde Foi Ramsés?”, de Amr Bayoumi. Antes da projeção do filme, de sintéticos 62 minutos, curador e realizador debaterão o cinema egípcio. Para marcar a noite, a banda Mazaher, que tem um de seus sucessos na trilha sonora de “Ramsés”, fará show especial direto do Cairo.
O curador, naturalizado brasileiro, conta que “a Banda Mazaher trabalha o estilo de música folclórica, muito presente no sul do Egito”. Para apresentar aos cinéfilos um amplo panorama do cinema egípcio atual, Amro escolheu filmes realizados ao longo da última década (de 2011 a 2019) e de diversos gêneros. Há ficções (comédias, policiais, terror e tramas sociais) e documentários, alguns experimentais. Só um dos escolhidos – o tocante drama social “Yomeddine”, de A. B. Shawky – foi lançado no circuito de arte brasileiro, depois de passar por vários festivais.
Cinco dos filmes programados chamam atenção por razões singulares. “Elefante Azul”, de Marwan Hamed, por ser um dos maiores blockbusters da história cinematográfica do país árabe-africano. Quem assisti-lo entenderá as razões de tamanho sucesso. Trata-se, afinal, de uma vibrante mistura de gêneros, em especial o horror psicológico, com galã maduro e belas mulheres, produção esmerada, uso potente de tecnologia (muito efeito especial), música sedutora e abundante, cenários compostos com as milenares pirâmides e a Esfinge. Tudo de fruição fácil, mas sem aposta no folclore. O que se vê são personagens, tramas e edificações modernas semelhantes às encontradas em qualquer grande país ocidental.
“Joana D’Arc Egípcia” chama atenção pelo título engenhoso e por ser um filme dirigido por nome feminino, Iman Kamel, e protagonizado por mulheres, todas dedicadas ao fazer artístico. Título tão chamativo, só há outro: “Sheikh Jackson”, de Amr Salama. Esse longa revela história fascinante: um clérigo islâmico apaixonado secretamente pelo som pop do astro Michael Jackson. Ao saber da morte do ídolo, ele enfrenta verdadeira crise de fé.
Os outros dois títulos badalados – “Como um Palito de Fósforo” (2014) e “Eu Tenho uma Foto” (2017) – desenvolvem-se no mundo do cinema. O primeiro é uma comédia dirigida por Hussein Al Imam para homenagear as grandes estrelas da Era de Ouro do cinema egípcio.
Já o documentário “Eu Tenho uma Foto”, de Mohamed Zedan, presta tributo a um só ator, Motawe Eweis. Hoje, já idoso, ele relembra alguns dos mil filmes em que atuou como figurante. Registre-se que Motawe não era aquele que passava no fundo quadro. Há filmes em que enunciou falas de certa importância para a trama. Um desses longas, buscado em arquivo, mostra o jovem e belo Omar Sharif. A trajetória de Motawe começou no final dos anos 1940 e atravessou décadas. Nosso Wilson Grey, ator em mais de uma centena de filmes, pode ser evocado em termos comparativos. Só que o brasileiro, notável como coadjuvante, chegou a desempenhar papeis de copro tagonista. Não foi o caso do egípcio. O público vai divertir-se com Motawe Eweis, feliz por estar vivendo a glória do protagonismo. Mesmo que de um documentário.
O Egito conta com um público fiel para seus filmes. Amro Saad não fornece estatísticas, mas garante que “a produção local é muito apreciada”. O país de expressão árabe, situado na África, junto ao Oriente Médio, é o terceiro mais populoso do continente (100 milhões de habitantes), só perdendo para a Nigéria (196 milhões) e Etiópia (110 milhões). Além da produção realizada principalmente no Cairo e em Alexandria, os egípcios assistem, sim, a filmes norte-americanos e europeus, mas – garante o curador – além da produção nativa, “a indiana tem lugar cativo”.
Assistir a filmes vindos de Bollywood é um dos prazeres dos espectadores do país de Omar Sharif. Quem prestar atenção na construção narrativa do blockbuster “Elefante Azul 2”, verá certa influência dos musicais que fizeram a glória do cinema do gigantesco país asiático (a Índia tem mais de 1,3 bilhão de habitantes, e já está perto de superar a China, de 1,4 bilhão).
A Revista de CINEMA colocou alguns temas para reflexão do curador Amro Saad, egípcio naturalizado brasileiro, que vive aqui há 15 anos. Ele está vivendo o período de quarentena em seu país de origem para melhor cuidar dos acertos técnicos do festival. Afinal, esta é primeira mostra 100% on-line do Centro Cultural Banco do Brasil, em seus 30 anos de história. Tal fato exige complexa engenharia, para que tudo funcione bem.
Revista de CINEMA – O Egito, no imaginário ocidental, é o país das pirâmides, dos faraós, de Cleópatra, do Rio Nilo e de muitos épicos de Hollywood. É difícil para um curador de evento, como essa mostra, apresentar a cultura contemporânea de seu país?
Amro Saad – Em 2005, quando cheguei ao Brasil, as perguntas que mais ouvia das pessoas eram: “É verdade que vocês podem se casar com quatro mulheres?”, “No Egito só tem deserto, camelo?”, “Tem carros no Egito?”. Acho que as dúvidas, em grande parte, vieram como herança da novela “O Clone”. Algum tempo depois, viajando pelo Brasil, continuei ouvindo as mesmas perguntas. Esse imaginário me impulsionou a mostrar o lado pouco conhecido. Sempre estive em contato com a arte. Trabalhei em teatro, escrevi e publiquei livros de poesia no Egito, e acredito que a arte, principalmente o cinema, tem esse papel, de conduzir as pessoas a novas experiências, outros mundos, que nem sempre são tão diferentes como se pensam. Não considero ser difícil apresentar a cultura do Egito. É meu país de origem e minha conexão com a arte egípcia não foi interrompida, pelo contrário. A 2ª Mostra propõe cinema de qualidade e com a essência egípcia. Estou muito feliz em poder mostrar para o público brasileiro cenários, histórias, ruas, vilas, feições e emoções egípcias.
Saindo da Antiguidade, nosso imaginário atravessa séculos e chega ao Egito moderno com dois nomes cinematográficos de grande força: o ator Omar Sharif (1932-2015), que fez carreira de internacional, tendo Hollywood como epicentro. E o cineasta Youssef Chahine (1926-2008), que teve na França (Cannes e número especial da revista Cahiers du Cinéma) seu foco de difusão. Por que o cinema egípcio é tão desconhecido no Ocidente?
Acho que precisamos perguntar para o Ocidente, pois o Egito dispõe de uma grande indústria cinematográfica, considerada uma das mais tradicionais e importantes do mundo árabe.
“O Elefante Azul 2”, um filme de terror, é anunciado como o maior blockbuster da temporada. Vale lembrar que múmias egípcias foram tema de muitos filmes de Hollywood. Hoje, o Egito dialoga com o cinema de terror norte-americano?
“O Elefante Azul 2” é um filme de horror, com essência egípcia. A influência do cinema norte-americano no Brasil é muito grande, e por conta disso acredito que muitas ideias foram se repetindo. O Egito busca uma identidade própria, através dessa nova geração de cineastas, e assim como todas as cinematografias, utilizando-se de recursos oferecidos pela tecnologia.
Que faixa a produção egípcia ocupa em seu mercado interno? Como no Brasil, a produção de Hollywood é hegemônica nos cinemas? Quantos longas o país produz por ano?
O Egito produziu, no último ano, 33 longas-metragens. Em sua maioria, filmes de ação e comédia. Nosso público sempre consumiu cinema egípcio, em grande volume. E cinema hollywoodiano em menor proporção. Há outros cinemas também muito consumidos no Egito, como o indiano e o europeu.
Dois títulos, entre os entre os 24 programados, têm o cinema como tema. Um – “Em Tenho uma foto” – sobre figurante, que participou de mil filmes. O outro – a comédia “Como um Palito de Fósforo” – presta tributo às grandes estrelas da Era de Ouro do cinema egípcio. Omar Shariff e sua primeira esposa, a atriz Faten Hamama (1931-2015), são de alguma forma fonte de inspiração para esses filmes?
Não. O filme “Eu Tenho uma Foto” fala sobre a carreira de um figurante, Motawe Eweis, que apesar de ter contracenado com Omar Sharif, e também com Faten Hamama, seu documentário não foi inspirado nestes artistas. Da mesma forma, o filme “Como um Palito de Fósforo”, apesar de prestar esse tributo à era de ouro, não sofreu tais influências. O diretor de “Palito de Fósforo” é filho de um grande cineasta egípcio, Hassam Al Imam, e a inspiração partiu das obras do pai.
Como vai o cinema feminino no Egito? Há número significativo de mulheres dirigindo longas-metragens? Quantos filmes dessa mostra têm mulheres na direção?
Temos atualmente uma boa representatividade feminina no cinema egípcio. Nessa mostra, trazemos apenas quatro: Iman Kamel (com o filme “Joana d’Arc Egípcia”), Nadine Khan (“Caos e Desordem”), Ayten Amin (“Vila 69”) e Hala Lotfy (“Saída para o Sol”). Com muita competência e profundidade as jovens cineastas abordam temas atuais e que têm muito a ver com as várias formas de isolamento, tão presentes e comuns nas sociedades de uma forma em geral.
“Joana D’Arc Egípcia” é um título maravilhoso, instigante, que desperta curiosidade. O que você nos conta desse filme?
“Joana d’Arc Egípcia” é um documentário incrível, que expõe a luta e as experiências das mulheres egípcias.
Como o público egípcio recebeu “Yomedinne”, um drama social tão duro?
Trata-se, realmente, de um filme raro. Confesso não ter visto até hoje abordagem tão direta e clara sobre um problema que carrega consigo tanto preconceito e, consequentemente, tantos desafios. “Yomeddine” comoveu o público egípcio, foi bem recebido e é aplaudido por sua história e pelos prêmios que já recebeu.
II Mostra de Cinema Egípcio Contemporâneo
Data: 29 de julho a 23 de agosto
Local: CCBBs de São Paulo, Rio, Brasília e Belo Horizonte (#CCBBemCasa). On-line e com ingressos gratuitos.
A exibição de 24 longas-metragens se soma a show musical direto do Cairo, debates, palestras e wokshopp.
Cada filme terá duas sessões, em horários e dias diferentes. Serão realizadas sessões inclusivas (com legenda descritiva ou audiodescrição).
A apresentação da abertura terá tradução para Libras.
Para se credenciar, o interessado deve cadastrar seu CPF.
Informações detalhadas no site: www.cinemaegipcio.com.
Para imersão no Egito, o público poderá fazer visita virtual 360º em exposição sobre o Egito Antigo, realizada pelo CCBB. É só visitar o site: http://www.culturabancodobrasil.com.br.
PROGRAMAÇÃO
Dia 29/07 (quarta-feira)
19h00 – Debate de abertura com o diretor Amr Bayoumi e o curador Amro Saad. Show da banda Mazaher, direto do Cairo. 20h30 – “Para onde foi Ramsés?” (2019), doc de Amr Bayoumi. Registro do maior processo de transferência, pelas ruas do Cairo por mais de 12 horas, de grandiosa estátua de Ramsés (da praça que recebeu o seu nome, até seu novo local, um grande museu egípcio).Censura livre. Duração: 62 minutos.
Dia 30/07 (quinta-feira)
19h00 – “Fotocópia”, de Tamer Ashry (2017) Sessão inclusiva com audiodescrição). Ficção:Mahmoud, um velho aposentado, é proprietário de um centro de datilografia e fotocópia no Cairo que está lentamente se tornando irrelevante devido ao crescente uso de computadores. Ele leva vida rotineira que gira em torno de seus negócios, sua pensão sempre atrasada, seus vizinhos e clientes. Mahmoud começa a aprender sobre a extinção de dinossauros, e com isso desencadeia uma série de eventos que darão um novo significado a sua vida. Censura 10 anos. Duração: 90 min.
22h – Reprise de “Para Onde Foi Ramsés?”
Dia 31/07 (sexta-feira)
19h00 – “Pó de Diamante”. De Marwan Hamed (2018). Ficção:Taha trabalha para uma empresa farmacêutica e vive existência extremamente chata com seu pai deficiente. A vida dela é virada de cabeça para baixo depois que um assassinato misterioso revela muitos segredos, arrastando Taha para o mundo do crime e da corrupção. Censura dez anos. Duração:162 min.
22h – Reprise de “Fotocópia”
Dia 1º/08 (sábado)
17h00 – Bate-papo ”Novas Narrativas no Cinema Egípcio Contemporâneo” a crítica Nahd Nasr (egípcia), com tradução para o português. 19h00 – “Yomedine – Dia do Julgamento Final”. De Abu Bakr Shawky (2018). Beshay é um coletor de lixo que decide sair do confinamento de uma colônia de leprosos e partir para o Egito em busca da família. Ele viaja com seu aprendiz órfão ao longo do Nilo, ficando cara a cara com a maldição de ser um estranho. Censura 10 anos. Duração: 97 min.
22h00 – Reprise de “Pó de Diamante”
Dia 2/08 (domingo )
17h00 – “Entre Dois Mares”. De Anas Tolba (2019). Uma família de uma área rural no Egito é dividida após um trágico acidente. A busca de uma mãe por redenção, vingança e esperança define os eventos dessa história dramática de uma sociedade esquecida. Censura: 14 anos. Duração: 87 min.
20h00 – Reprise de “Yomeddine – Dia do Julgamento Final (Yomeddine)”
Dia 3/08 (segunda-feira)
19h00 – “Joana d’Arc Egípcia”. De Iman Kamel (2016). Documentário. O diário perdido de uma garota beduína (Jeanne) inspira a jornada de um cineasta (Kamel). O documentário discute as experiências das mulheres egípcias após a revolução de janeiro de 2011 através de formas de arte desafiadoras. No diário, Jeanne escreve sobre querer se libertar do mundo dominado pelos homens e se tornar dançarina. Kamel decide encontrar Jeanne se conectando com outras sete artistas egípcias. Censura 10 anos. Duração: 86 min.
22h00 – Reprise de “Entre Dois Mares”
Dia 4/08 (terça-feira)
19h – “O Portão de Partida”. De Karim Hanafy. (2014). Uma meditação sobre tristeza, morte e aprisionamento psicológico que dispensa diálogo e narrativa para uma experiência visual que quebra as convenções. Censura: 10 anos. Duração: 65 min. (sessão inclusiva com legenda descritiva.
22h00 – Reprise de “Joana d’Arc Egípcia”
Dia 5/08 (quarta-feira)
19h00 – “Horário do Cairo”. De Amir Ramses (2014). Três histórias acontecem ao longo de um único dia no Cairo. Lila, atriz aposentada, está procurando Sameh, sua última co-estrela. Salma está namorando Wael e está em seu apartamento. Hazem é um jovem traficante de drogas que foge de Alexandria para o Cairo e encontra um velho homem com a doença de Alzheimer. Os personagens se encontram em momentos decisivos de suas vidas, que, embora díspares, são reunidos pelo destino e são apresentados através de performances perfeitas pelas lendas do cinema egípcio. Censura 12 anos. Duração: 110 min.
22h00 – Reprise de “O Portão de Partida”
Dia 6/08 (quinta-feira)
19h00 – “Sheikh Jackson”. De Amr Salama (2017). A história de um clérigo islâmico que tem uma paixão secreta por Michael Jackson. Ele passa por uma crise de fé ao saber da morte de seu cantor pop favorito. Censura 10 anos. Duração: 93 min.
22h00 – Reprise de “Horário do Cairo”
Dia 7/08 (sexta-feira)
17h00 – Workshop sobre”Documentários” com o cineasta Amr Bayoumi, diretor de “Para Onde Foi Ramsés?”.
19h00 – “Les Petits Chats”. De Sherif Nakhla (2015). Doc sobre o surgimento da lendária banda de rock Les Petits Chats, formada em 1976, com Wagdi Francis Ezzat Abu Ouf e Omar Khairat. Os membros da banda se reúnem 30 anos depois para a performance de uma noite. Cenura 12 anos. Duração: 80 min.
22h – Reprise de “Sheikh Jackson”
Dia 8/08 (sábado)
17h00 – “Mawlana”. De Magdi Ahmed Ali (2016). Ficção – Uma jornada aparentemente tradicional de um jovem sheikh em uma mesquita governamental que deixa de liderar orações para se tornar uma celebridade da TV emitindo “fatwas” aceitos por milhões de pessoas. Ele conquista legião de fãs por sua coragem e pelas tentativas de se desviar da retórica religiosa usual em uma sociedade fortemente influenciada pelo fundamentalismo. Censura 10 anos. Duração:130 min.
20h00 – Reprise de “Les Petits Chats”
Dia 9/08 – Domingo
17h00 – “Vila 69”. De Ayten Amin (2013). Ficção – Hussein é um arquiteto em estado terminal, mas encantador, que desfruta de uma rotina solitária em sua antiga casa de família e de uma variedade de visitantes femininas. Sem perceber que seu passado está prestes a alcançá-lo, a irmã de Hussein e seu neto se mudam para casa, interrompendo um estilo de vida bem estabelecido e forçando-o a reexaminar suas ideias sobre vida, amor e família. Censura: 12 anos. Duração: 120 min.
20h00 – Reprise de “Mawlana”
Dia 10/08 (segunda-feira)
19h00 – “Saída para o Sol”. De Hala Lotfy (2012). Vencedor de vários prêmios internacionais, incluindo o Melhor Filme Africano no Festival de Cinema Africano de Milão, em 2013, o filme conta a história cotidiana de duas mulheres que cuidam de seu familiar doente. Censura: 12 anos. Duração: 96 min.
22h00 – Reprise de “Vila 69”
Dia 11/08 (terça-feira)
19h – “Decor”. De Ahmad Abdalla (2014) – A vida da designer egípcia Maha dá uma guinada quando ela se vê como uma pessoa completamente diferente – uma dona de casa. O filme mostra a solidão enfrentada por alguns que sofrem de doenças mentais, bem como os desafios enfrentados por seus entes queridos. Em preto e branco, o longa é um belo tributo à era de ouro do cinema egípcio das décadas de 1940 e 1950. O cineasta Ahmad Abdalla mostra muitas invenções estéticas que o justificaram como o líder do novo cinema egípcio independente. Censura: 12 anos, duração: 105 min.
22h00 – Reprise de “Saída para o Sol”
Dia 12/08 (quarta-feira)
19h00 – “Eu Tenho uma Foto”. De Mohamed Zedan (2017). Doc. Com a ajuda de El Homossany, um dos mais antigos diretores assistentes do Egito, Zedan, um jovem cineasta independente, realiza um documentário sobre Motawe Eweis, que trabalhou como figurante em cerca de mil filmes no cinema egípcio dos anos quarenta até agora. Duração: 75 min. Livre.
22h00 – Reprise de “Decor”
Dia 13/08 (quinta-feira)
17h00 – Palestra sobre o filme “Saída para o Sol”, com a atriz Donia Maher (com tradução para o português).
19h – “Mensagens do Mar”. De Daoud Abdel Sayed (2010). Ficção. Após a morte de sua mãe, Yehia decide voltar para Alexandria, o lugar onde ele cresceu e se apaixonou. Desiste do emprego de médico e começa a pescar. Ele aprende muito com as histórias de outras pessoas e descobre o significado da vida enquanto medita no mar. Censura 12 anos. Duração: 134 min.
22h00 – Reprise de “Eu Tenho uma Foto”
Dia 14/08 (sexta-feira)
19h00 – “O Elefante Azul”. De Marwan Hamed (Egito, 2014). Ficção: Após cinco anos afastado, o psiquiatra Dr. Yehia retorna ao seu trabalho apenas para encontrar seu amigo universitário, Sherif , que acabou de chegar para avaliação mental e psicológica por ser acusado de assassinato. Tentando ajudá-lo, Yehia desvenda mistérios que nunca pensou que existissem. Censura: 16 anos. Duração:170 min.
22h00 – Reprise de “Mensagens do Mar”
Dia 15/08 (sábado)
17h00 – “Não me Beije”. De Ahmad Amer (2017). Uma sensual estrela de cinema decide seguir um caminho mais religioso, mas o mundo do entretenimento e seus fãs têm opiniões diferentes sobre sua escolha. Censura: 12 anos. Duração:103 min.
20h – Reprise de “O Elefante Azul”
Dia 16/08 (domingo)
17h00 – “Verde Seco”. De Mohammed Hammad (2016). Iman é uma jovem religiosa conservadora que se incomoda com a opinião dos outros sobre ela e que mantém posição rígida sobre a extinção das tradições. Uma terrível descoberta irá fazê-la abandonar todas posturas às quais um dia foi tão apegada. 14 anos. Duração: 73 min.
20h00 – Reprise de “Não me Beije”
Dia 17/08 (segunda-feira)
19h00 – “Como um Palito de Fósforo”. De Hussein Al Imam (2014). Uma comédia para homenagear as superestrelas da Era de Ouro do cinema egípcio. O enredo combina cenas, em preto e branco, estreladas por 21 atores da época com outras cenas escritas e estreladas por Al Imam. O produto final leva à redescoberta dos atores da idade de ouro em contexto totalmente novo. 10 anos. Duração: 84 min.
22h – Reprise de “Verde Seco”
Dia 18/08 (terça-feira)
19h00 – “Fora do Comum”. De Daoud Abdel Sayed (2014). Um médico tira férias em Alexandria quando sua pesquisa sobre a existência de poderes psíquicos em humanos deixa espaço em branco. Ele se instala em uma pousada à beira-mar, lar de excêntricos personagens. 12 anos. Duração: 133 min.
22h00 – Reprise de “Como um Palito de Fósforo”
Dia 19/08 (quarta-feira)
19h00 – “Caos e Desordem”. De Nadine Khan (2012). Manal, Zaki e Mounir estão na faixa dos vinte anos. Vivem em uma comunidade caótica, próxima a depósito de lixo, onde suas necessidades básicas são minimamente atendidas. Sob esta desordem social, existe uma camada de relações problemáticas em que se misturam amor, decadência e disputa entre Zaki e Mounir pelo amor de Manal. Uma competição cujo resultado será decidido por uma partida de futebol. 12 anos. Duração: 77 min.
22h00 – Reprise de “Fora do Comum”
Dia 20/08 (quinta-feira)
19h00 -“A Girafa”. De Ahmed Magdy (2018). Ahmed percorre a paisagem noturna do Cairo ansioso por conseguir dinheiro para pagar pelo aborto de uma jovem – um procedimento urgente. Ele se depara com um grupo intrigante de jovens, liderado por uma mulher, cujo objetivo é resolver enigma em torno de uma girafa que supostamente está escondida no zoológico do Cairo. À medida que uma cadeia absurda de eventos se desenrola, Ahmed se distrai de sua missão. 14 anos. Duração: 75 min.
22h00 – Reprise de “Caos e Desordem”
Dia 21/08 (sexta-feira)
19h00 – “O Elefante Azul 2”. De Marwan Hamed (2019). Um novo preso no hospital psiquiátrico vira a vida do Dr. Yehia de cabeça para baixo. Ele prenuncia que a morte de toda a sua família acontecerá em apenas três dias. Yehia então usa as pílulas de elefante azul na tentativa de controlar as coisas e resolver os quebra-cabeças que ele enfrenta. O longa se tornou o filme egípcio com maior bilheteria na história do país. 16 anos. Duração: 130 min.
22h00 – Reprise de “A Girafa”
Dia 22/08 (sábado)
17h00 – Reprise de “Mawlana”
20h00 – Reprise de “O Elefante Azul 2”
Dia 23/08 (domingo)
16h30 – Encerramento. Vídeo dos melhores momentos (disponível por 24 horas)
17h – Reprise de “Fotocópia”
20h – Reprise de “Mensagens do Mar”