O ministro da Saúde da Rússia, Mikhail Murashko, afirmou no sábado (1º), que “a vacina contra o coronavírus, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya de Epidemiologia e Microbiologia, completou suas pesquisas clínicas” e que estará disponível em outubro próximo.
Anunciou ainda que o conjunto de documentos necessários para registrar o medicamento elaborado em conjunto com o Ministério de Defesa está sendo preparado, e que está previsto que a vacinação em massa da população comece pelos médicos e professores.
O governo russo informou que a vacina contra o Covid-19 será gratuita para a população e que os gastos relacionados serão “totalmente” cobertos pelo orçamento estatal.
O Ministério de Defesa enfatizou que os resultados dos ensaios mostram inequivocamente o desenvolvimento de uma resposta imune em todos os voluntários, sem efeitos secundários, complicações ou reações não desejadas.
Na semana passada, o primeiro ministro Mikhail Mishustin declarou que no país 17 organizações científicas estão desenvolvendo pesquisas para 25 vacinas distintas contra o novo coronavírus. Esta primeira começará a ser produzida já no próximo mês, como disse a vice-primeira-ministra Tatiana Golikova: “O lançamento de sua produção industrial está previsto para setembro de 2020, após uma certificação e testes clínicos adicionais em 1.600 pessoas”.
No último dia 29, o presidente Vladimir Putin informou que nos meses de junho e julho o número de infectados no país caiu pela metade, em comparação com os números recordes em maio, mas a situação em algumas regiões, contudo, ainda é complicada e o esforço para produzir a vacina é fundamental.
Respondendo a comentários de vários setores da mídia internacional que questionam o investimento pesado do país na produção da vacina como sendo disputa política, Kirill Dmitriev, diretor do Fundo de Riqueza Soberana da Rússia, que financia a pesquisa de vacinas, disse: “nossos cientistas se concentraram não em ser os primeiros, mas em proteger as pessoas”.
Até o domingo (2), a Rússia teve 849.277 casos confirmados e 14.104 mortes por Covid-19, segundo o registro da Universidade Johns Hopkins.