Informação contradiz versão de Bolsonaro
A esposa de Jair Bolsonaro, Michelle Bolsonaro, recebeu 21 cheques, totalizando R$ 72 mil, depositados por Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, que centralizava o esquema da “rachadinha” no gabinete da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) quando o filho de Bolsonaro era deputado estadual.
A revista Crusoé teve acesso à quebra de sigilo bancário de Fabrício Queiroz e descobriu que Queiroz depositou os R$ 72 mil entre 2011 e 2016.
Segundo a reportagem, os depósitos entre 2011 e 2013 eram em cheques de R$ 3 mil. Em 2011, foram três cheques, somando R$ 9 mil passados para Michelle Bolsonaro, em 2012 foram seis, somando R$ 18 mil, e em 2013 foram, novamente, três cheques, completando R$ 9 mil. Em 2016 foram noves cheques que totalizam R$ 36 mil.
Entre janeiro e junho de 2011, também foram registrados depósitos feitos pela esposa de Fabrício Queiroz, Márcia Aguiar, que somam mais R$ 17 mil passados para Michelle Bolsonaro.
A informação mostra que é mentira a versão de Jair Bolsonaro.
No fim de 2018, quando o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) relatou o depósito de R$ 24 mil feito por Queiroz para Michelle, Jair Bolsonaro disse que se tratava da devolução de parte de um empréstimo de R$ 40 mil que ele supostamente teria feito para o ex-assessor de seu filho e faz-tudo da família.
Esse mesmo relatório informou que o ex-assessor movimentou R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, valor que não condiz com seu salário. Mais tarde, descobriu-se que entre janeiro de 2014 e de 2017, Fabrício Queiroz movimentou R$ 7 milhões.
Queiroz recolhia parte do salário dos assessores de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e repassava parte para a família Bolsonaro, conforme denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro. Com parte do dinheiro, pagou mais de R$ 150 mil das mensalidades escolares dos filhos de Flávio.
Queiroz foi preso pela Polícia Federal quando estava escondido no sítio do ex-advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef.
A prisão preventiva foi decretada porque Queiroz e sua esposa, Márcia Oliveira de Aguiar, estavam coagindo testemunhas e adulterando provas.
Os dois estão em prisão domiciliar por decisão liminar e provisória do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha, a quem Bolsonaro declarou “que a primeira vez que o vi foi um amor à primeira vista”.
Causou estranheza no meio jurídico e político a generosidade de Noronha ao conceder prisão domiciliar para Márcia, que estava foragida. Para ministros do STJ, ouvidos em off por jornalistas, a decisão de Noronha foi um caso inusitado.
“O mesmo vale para sua companheira, Márcia Aguiar, por se presumir que sua presença ao lado dele seja recomendável para lhe dispensar as atenções necessárias, visto que, enquanto estiver sob prisão domiciliar, estará privado do contato de quaisquer outras pessoas (salvo de profissionais da saúde que lhe prestem assistência e de seus advogados)”, alegou Noronha em seu despacho ao conceder a prisão domiciliar.
Noronha rejeitou estender o mesmo benefício aos demais presos em situações semelhantes que pertencessem aos grupos de risco para a Covid-19.
Fabrício Queiroz é amigo de longa data de Jair Bolsonaro. “Ele (Queiroz) é meu amigo desde 1985, é meu soldado”, admitiu Bolsonaro em entrevista, em outubro do ano passado.
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Isto é muito grave é mais um crime envolvendo a família do Bolsonaro, a poucos dias atrás a ex-mulher juntamente com o filho Carlos no Rio de Janeiro agora a Michelle é de grão em grão que se enche o papo, tudo isto têm que ser esclarecido, para libertar, a verdade acima de tudo e a Constituição acima de todos, não pode haver dois pesos e duas medidas o a marelão está manchado colocaram a mão na cumbuca que está bichada.