O professor e jurista gaúcho Léo da Silva Alves, lança em março o seu livro “Eleições Desonestas”, onde ele faz um estudo aprofundado do caráter antidemocrático das eleições brasileiras. Segundo o jurista, as eleições, como vêm ocorrendo no Brasil, dominadas pelo suborno de políticos e por propinas saídas dos cartéis e monopólios, “impedem a alternância efetiva de poder”. Segundo o autor, o livro vai demonstrar “como os corruptos destruíram a democracia brasileira”.
Agora, com o fundo eleitoral, criado pelo PT, PMDB e PSDB, o que ocorre é que os grandes partidos, que amealharam milhões ilegalmente e se beneficiaram desses esquemas de propinas, vão receber mais de 80% dos recursos públicos para se perpetuarem no poder. Ou seja, eles transformaram a propina em verba pública e dividiram o dinheiro entre eles.
“Os corruptos implantaram no Brasil um sistema eleitoral que impede a alternância de poder, a não ser a transferência para os filhos e netos; e, assim, foram criadas novas formas de dinastias. No Congresso Nacional há famílias instaladas há três gerações, fazendo a mesma coisa pelo povo: nada!”, diz o jurista, que é membro da executiva nacional do Partido Pátria Livre (PPL) e um dos pré-candidatos do partido à Presidência da República.
“O governo há décadas perdeu o senso de moralidade; o parlamento deixou de ser composto por bancadas para ser dividido em quadrilhas. Nota-se uma Justiça superior cooptada por cafajestes oficiais, uma vez que membros notórios das Altas Cortes lhes abrem as portas para uma presteza jurisdicional que não estendem nem na forma nem no conteúdo aos demais cidadãos”, denuncia o doutor Léo.
O jurista salientou que o país precisa fechar de vez esse ciclo e reconquistar credibilidade. “Se a sociedade pudesse ser esclarecida pelo acesso equilibrado nos meios de comunicação, se novos nomes tivessem espaço para participar de um processo eleitoral decente, seguramente não voltariam ao Congresso Nacional e ao Palácio do Planalto pessoas que, no fundo, são empregadas de grandes corporações”, denunciou o doutor Léo Alves.