“Uma paz real e duradoura segue sendo uma opção estratégica para os países árabes mas, a etapa de relações de paz árabe-israelense só chegará quando o povo palestino obtenha sua liberdade e independência e o restante de seus direitos legítimos”, afirmou o secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Abdul Gheit, em comunicado divulgado no sábado, dia 22.
Desta forma a Liga Árabe reafirma que, ao contrário das ilusões plantadas por Trump e Netanyahu, a paz entre países árabes e Israel só será possível quando o regime israelense se retire dos territórios da Palestina e seu povo conquiste a liberdade e o fim da ocupação.
Abdul Gheit ressaltou que o povo palestino tem o direito à soberania plena sobre todos os territórios hoje ocupados, incluindo Al Quds, a Jerusalém Árabe, como capital da Palestina livre.
Gheit também enfatizou o rechaço árabe unânime aos planos de Trump e Netanyahu de anexação de terras palestinas e a qualquer medida unilateral que tenha por objetivo “mudar o status das terras ocupadas por Israel”.
Mesmo sem mencionar o recente acordo Israel/ Emirados Árabes Unidos (EAU), ele sublinhou que todos os países árabes exigem que Israel respeite as fronteiras de 1967 (de antes da Guerra dos Seis Dias).
O anúncio de normalização das relações diplomáticas entre Israel e Emirados foi feito por Trump no Salão Oval da Casa Banca, no dia 13 de agosto, em uma manobra eleitoreira de venda de gato por lebre como se fosse possível à região se aproximar da paz com cada país se relacionando com Israel de forma isolada e sem que se dê importância à imprescindível suspensão de todas as medidas de usurpação e de negação dos direitos do povo palestino e, na verdade, premiando esse assalto constante de terras palestinas para a implantação de unidades habitacionais israelenses, além da declaração de anexação da Jerusalém Árabe.