ISO SENDACZ (*)
Quando quase dois séculos depois do rompimento da dependência colonial de Portugal o Brasil é importador de “complexos” trilhos de trem, ainda que em solo pátrio jazem imensas reservas da matéria prima do produto, não se pode dizer que a obra da Independência Nacional tenha sido completada.
Quando o minuto silente com que os esportistas lamentam as mortes anunciava ontem mais de 4 milhões de infectados e 126 mil perecimentos, fica claro que Independência é a defesa da vida. Quando 40 milhões de brasileiros não encontram trabalho e renda, fica claro que Independência é a defesa do emprego. E quando a ignorância e a barbárie pairam sobre a nossa gente, fica claro que Independência é a garantia da democracia e do Estado de direito.
Tiradentes morreu pelo Brasil, mas seu sonho de de fazer deste imenso país uma grande Nação segue animando a luta de gerações. Quando de sua união com o PCdoB, o Partido Pátria Livre deixou nas nossas mãos um legado para seguir a obra de Bonifácio, Getúlio, Jango e Claudio Campos: é preciso “ampliar o mercado interno; reduzir os juros; concentrar os recursos do Estado para financiar a produção das empresas genuinamente nacionais – privadas e estatais; e dar prioridade a elas nas encomendas“.
Aos “guardiães” das “rachadinhas” e “rachadonas” fica a lembrança de Ulisses Guimarães:
A Pátria não condecora os traidores.
Brava gente brasileira, longe vá temor servil.
Ou ficar a Pátria livre, ou morrer pelo Brasil
(*) Engenheiro Mecânico pela EESC-USP, Especialista aposentado do Banco Central, diretor do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central e do Instituto Cultural Israelita Brasileiro, membro da direção estadual paulista do Partido Comunista do Brasil. Nascido no Bom Retiro, São Paulo, mora em Santos. Ver mais posts