A deputada Flordelis (PSD-RJ), apontada pela polícia como mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, foi finalmente notificada sobre a representação a qual responde por quebra de decoro parlamentar e que pode levar à perda do mandato.
Ela ficou de se apresentar na Câmara na quarta-feira (9). Como não apareceu, o corregedor da Casa, deputado Paulo Bengtson (PTB-PA), foi até o apartamento funcional da deputada e entregou a notificação.
Ela tem cinco dias úteis de prazo para apresentar sua defesa por escrito.
Ela foi notificada após duas tentativas anteriores do corregedor – uma no gabinete da parlamentar e outra no apartamento funcional – na semana passada.
A terceira tentativa seria na residência de Flordelis, no Rio de Janeiro, mas após ela se comprometer a receber o aviso em Brasília, acabou sendo adiada.
De acordo com o corregedor, após publicação no Diário Oficial desta quinta-feira (10), ele terá 45 dias para produzir um parecer sobre o caso. Bengston afirmou que “o processo está bem adiantado”, e que pretende indicar à Mesa Diretora se a representação é procedente ou não em até 15 dias.
Flordelis é investigada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, que apontam que ela ainda teria convencido os filhos a participarem do crime.
Cinco de seus filhos, além de sua neta, foram presos no último dia 24, em operação coordenada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro e pela Polícia Civil.
Como ela tem imunidade parlamentar, a deputada não pode ser presa – a não ser em flagrante de crime inafiançável.
No total, 11 pessoas foram denunciadas pelo crime.