O desemprego e a queda na renda reduziram a procura por Serviços em 2017. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgados na sexta-feira (16). O volume do setor desabou -2,8% em relação a 2016 e, mais uma vez, desmascara a falácia de “recuperação da economia”.
No ano passado, quatro de cinco segmentos do setor de Serviços recuaram, com destaque para os Serviços profissionais e administrativos: -7,3%. Os Serviços prestados às famílias também caíram -1,1% , assim como os Serviços de informação e comunicação (-2%) e Outras serviços, incluindo atividades turísticas, caíram -8,9%.
O único setor que registrou variação positiva foi o de Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (2,3%), impulsionado pelas exportações, diz o IBGE. “Favorecido pela safra agrícola recorde no ano passado”, diz o Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial.
Segundo o Iedi, ao avaliar os números, “para alguns segmentos do setor 2017 foi um ano de piora adicional. Este foi o caso dos serviços profissionais, administrativos e complementares, cujo faturamento real encolheu -7,3% no ano passado. A queda do 4º trim./17 não ficou muito longe: -5,3%. Como esses serviços são demandados por empresas, este é mais um indício que o quadro corporativo no país ainda está em um mau momento. As concessões de crédito para as empresas em contração (-2,4% em termos reais) é outro indício”.