A candidatura do ex-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), à Prefeitura de São Paulo foi confirmada em convenção, realizada na sexta-feira (11).
Seu vice será Antônio Neto, do PDT. A chapa tem o apoio do Solidariedade, Avante e PMN.
Em discurso, Márcio França fez críticas amenas a Jair Bolsonaro e atacou fortemente o governador João Doria e o prefeito Bruno Covas. A sua proximidade com Bolsonaro pegou muito mal até entre seus apoiadores e fez o ex-governador encenar algumas críticas para amenizar o mal-estar. Entretanto, acabou poupando Bolsonaro de críticas mais fortes.
França enfatizou que “só há uma disputa aqui”, que é contra a candidatura do atual prefeito, Bruno Covas, do PSDB, que tem o apoio de Doria.
“É nós contra eles. O resto é tudo pinto, como a gente fala, o resto é tudo pato. Eles sabem disso. E é por isso mesmo que eles vão tentar fugir”, disse.
Para França, Covas é uma marionete de João Dória. “Nas condições em que ele aceitou ser prefeito, e nas condições que ele está aceitando essa humilhação, eu jamais aceitaria. Porque a pessoa pode me convencer, mas não vai colocar canga em mim’”.
Márcio França disse que “aqui, em São Paulo” nem Bolsonaro e nem João Dória mandam, e os criticou “não ter plano” para a recuperação econômica.
Segundo França, João Doria só sabe atuar como “mestre de cerimônias” durante as coletivas de imprensa sobre a pandemia de Covid-19. “É o que ele sabe fazer. Ele é excelente fazendo isso, bom para conduzir evento. Mas ele não tem noção do que ele está fazendo ali [no governo]”.
O ex-governador tem se aproximado de Bolsonaro. Recentemente, apareceu em uma foto com ele na baixada santista.
Mais tarde, o chamou de “sincero” e abraçou a “narrativa” do governo de que foi Bolsonaro quem criou o auxílio emergencial de R$ 600, quando na verdade ele queria apenas R$ 200.
Relacionadas: