Sete integrantes da organização inglesa Oxfam renunciaram ou foram afastados depois que um informe sobre uma investigação interna veio à tona. O informe da organização humanitária que atua em situações de risco e de desastres ambientais expõe a má conduta de membros da equipe da organização que atuaram no Haiti depois do furacão e do terremoto que atingiu duramente sua população.
As acusações são de que integrantes da equipe contratavam serviços de prostitutas locais. O informe também revela que o diretor da equipe, Roland van Hauwermeiren, além de aceitar renunciar ao posto, também ajudou nas investigações.
O jornal The Guardian revela que três integrantes da equipe, que participaram das ações repulsivas, ameaçaram um outro colega para obter seu silêncio.
Um dos integrantes da equipe da Oxfam também foi acusado de usar equipamento da organização para baixar material “pornográfico e ilegal”, que o jornal Guardian traduziu por “vídeos pornográficos piratas”.
O diretor da equipe no Haiti também é acusado pelo informe de “negligência e falha no cuidado com os funcionários”.
A Oxfam informa que vai ter um encontro com o governo do Haiti para pedir desculpas pelos erros e discutir “o que podemos fazer, inclusive pelas mulheres afetadas por estes eventos”. A Oxfam “espera reconstruir a credibilidade junto aos que apóiam nosso trabalho”.
“Seja o quanto for difícil atingir os padrões de transparência e quão duro for confrontar os erros do passado, acreditamos que isso vá ajudar a tomar atitudes significativas que nos tornem mais efetivos em nossa missão de combater a pobreza e ajudar pessoas atingidas por desastres”, acrescentam os diretores da entidade.
A vice-presidente da Oxfam, Penny Lawrence, também renunciou, pois se sentiu responsável pelas falhas relacionadas ao departamento que dirigia.
“Como diretora de programas de assistência, estou envergonhada de que isto tenha acontecido sob minha desatenção e assumo plena responsabilidade por isso”, declarou a diretora ao submeter o pedido de renúncia.