O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luis Felipe Salomão, suspendeu a decisão do Diretório Nacional do Novo que impedia o candidato a prefeito de São Paulo, Filipe Sabará, de fazer campanha.
O Novo cancelou a filiação de Sabará depois de um processo sigiloso no Conselho de Ética, por conta de uma inconsistência em seu currículo.
Sabará diz ter feito a pós-graduação em Gerente de Cidades na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), mas a própria universidade desmentiu.
Mas não foi só nisso que Sabará mentiu. Em sua declaração inicial de bens ao TRE ele disse que possuía bens no valor de R$ 15.686, 00, sendo R$ 8 mil em ações. Mas depois fez uma retificação e o valor de suas ações passou a ser de R$ 5 milhões, e seu patrimônio total de R$ 5,1 milhões.
Filipe Sabará, que é herdeiro do grupo Sabará, da indústria de cosméticos, que nos últimos anos teve um faturamento de mais de R$ 200 milhões de reais, alegou que cometeu um “lapso” na sua declaração.
O ministro Luis Felipe Salomão acredita que a punição contra o candidato foi “excessivamente gravosa e pode produzir dano irreparável”.
Com a decisão, que tem caráter liminar, Sabará poderá fazer campanha eleitoral até que o TSE analise o mandado de segurança que Sabará apresentou contra o Novo.
Sabará tem sido criticado pelos candidatos a vereadores do Novo por defender o governo Bolsonaro e dizer que Paulo Maluf foi o melhor prefeito de São Paulo.
Em nota, disse que “estou sendo perseguido pelo João Amoêdo (e por uma ala minoritária do Partido Novo) pois ele não permite visões diferentes das dele dentro do partido. Por isso, estão arquitetando críticas infundadas para acabarem com a minha candidatura”.
Disse ainda que uma “ala esquerdista” do Novo e infiltrados do MBL lhe perseguem.