O candidato Capitão Wagner (Pros) não compareceu a um debate organizado pelo Observatório de Políticas Públicas-OPP, da Universidade Federal do Ceará (UFC), que é um dos mais tradicionais no calendário eleitoral da cidade.
Essa foi a segunda rodada do ciclo de debates, “Propostas Para Fortaleza: Diálogos Com Os Candidatos À Prefeitura”, da UFC, que desta vez é realizado por meio de videoconferência, sempre com dois candidatos, e a escolha é feita por sorteio.
Apenas o candidato Anizio Melo (PCdoB) compareceu ao evento. No primeiro, compareceram os candidatos Renato Roseno (PSOL) e Célio Studart (PV).
A ausência do debate se dá após Wagner registrar queda nas intenções de votos dos eleitores. De acordo com o levantamento do Ibope, Wagner figura em primeiro lugar nas intenções de votos, com 28%. Mas pouco mais de duas semanas atrás ele aparecia com 35,1%, na sondagem do instituto Zaytec, e 35% pela pesquisa do Instituto Paraná, no início de outubro.
Anizio Melo criticou o não comparecimento do candidato do Pros e lembrou a afinidade que Wagner tem com Jair Bolsonaro, seu principal apoiador – mas que Wagner busca não confirmar – já que Bolsonaro tem o maior índice de rejeição entre os eleitores fortalezenses, segundo a pesquisa Ibope.
“O debate é muito simbólico, em um momento que a nossa democracia, nossos direitos, a soberania, a liberdade estão sendo atacados. A nossa chapa lamenta a ausência no debate da chapa convidada, porque nós entendemos que é no espaço do diálogo, seja presencial o virtual, que conseguimos confrontar as diferenças e tenta encontrar pontos de unidades para a nossa cidade, para o nosso estado e país”, disse Anizio.
“Esse debate é tão importante, que não é só o processo eleitoral. Nós estamos em uma disputa de projetos que estão em nossa sociedade, canalizados, hegemonizados por um governo que ataca o serviço público, que ataca os nossos direitos e desmonta a nossa Constituição”.
“No outro lado, um campo progressista que tem nuances entre si, mas tem uma unidade em defesa da democracia”, destacou Anízio Melo.
CAMPANHAS
Enquanto o candidato José Sarto Nogueira (PDT) não pode ainda cumprir agendas de campanha, por estar se recuperando da Covid-19, o vice da chapa, Élcio Batista (PSB), visitou o bairro Barroso nesta sexta-feira (16).
Durante a agenda, Batista defendeu a continuação de obras de infraestrutura na comunidade, como a construção de creches, escolas de tempo integral e Areninhas. “A gente acredita muito que o trabalho do Sarto nos próximos quatro anos vai reduzir ainda mais as desigualdades na nossa cidade”, assinalou o candidato a vice.
“Quanto mais o Sarto se torna uma pessoa conhecida, mais as pessoas reconhecem que ele é apoiado pelo Roberto Cláudio, nosso prefeito, e pelo governador Camilo Santana”, frisou Élcio Batista.
Do outro lado, a candidata pelo PT, Luizianne Lins, atacou a chapa pedetista ao criticar o governo do prefeito Roberto Cláudio, em uma live realizada na tarde desta sexta-feira. A pesquisa do Ibope aponta que, Sarto, com 16% das intenções de votos, e Luizianne, com 23%, estão empatados tecnicamente, por conta da margem de erro de 4 pontos percentuais, para mais ou para menos.
“Esse governo municipal que está aí aprofundou as desigualdades sociais em Fortaleza. Basta ver os índices de violência nessa cidade. Temos uma política pública que segrega. Uma área nobre que está cuidada e a periferia acabada”, disse Lins.
O candidato Heitor Freire, do PSL, terá que usar também seu sobrenome, que é Freire, na campanha eleitoral. Nesta sexta-feira, a Justiça Eleitoral deu parecer favorável à ação movida por Heitor Férrer (Solidariedade), que pedia que o concorrente utilizasse o nome completo no material de campanha, e não apenas “Heitor”, como estava sendo usado. Freire recorreu contra a primeira liminar, concedida em 2 de outubro, mas o juiz eleitoral, André Teixeira Gurgel, continuou considerando necessário o uso do sobrenome do candidato para que os eleitores não se confundam na hora de votar.
O candidato do Psol, Renato Roseno, participou de reunião virtual para assinar uma carta-compromisso proposta pela Rede Estadual da Primeira Infância (Repi-CE). A entidade está convocando candidatos nas eleições majoritárias no Ceará a se envolverem na garantia dos direitos das crianças na primeira infância, que é classificada dos 0 aos 6 anos. O documento é composto por uma série de ações tidas como “prioritárias na condução de políticas públicas” para este segmento.
O candidato do PV, Célio Studart, esteve na Associação Beija-Flor, que assiste pacientes com fissura labiopalatina. Studart se comprometeu a realizar um trabalho mais efetivo nas filas de procedimentos, tratamentos e cirurgias.
“Promover um olhar de parceria para o trabalho que estas instituições realizam”, disse Célio no evento.