O deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) afirmou que vai novamente ao Ministério Público denunciar Temer por compra de votos, tal como fez na primeira denúncia.
Segundo o deputado, no dia em que a Procuradoria Geral da República denunciou Michel Temer pela segunda vez, o governo liberou R$ 65 milhões em emendas parlamentares.
Foi numa quinta-feira, 14 de setembro, o dia em que os deputados mais receberam dinheiro até agora durante o mês de setembro. O segundo dia em que houve mais pagamento de emendas foi 19 de setembro, um dia antes do Supremo Tribunal Federal concluir o julgamento que liberou o envio da denúncia para a Câmara.
‘Os primeiros sinais do governo mostram que ele vai tentar repetir esse comportamento. Nós vamos denunciar ao ministério público e fiscalizar dia a dia. Lamentavelmente, tudo indica que o que o governo quer é garantir votos liberando emendas, algo inteiramente anti-republicano inclusive criminoso.’
Novamente, assim como na primeira denúncia, o Planalto articula troca de deputados na Comissão de Constituição e Justiça para tentar livrar Temer da admissão da denúncia na Câmara. Jorginho Mello, do PR, e Expedito Netto, do PSD, que votaram contra Temer, estão na mira e podem ser substituídos.