O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 4,9% no terceiro trimestre (julho, agosto e setembro) em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados do Departamento Nacional de Estatísticas (DNE) divulgados na segunda-feira (19).
Este resultado encerra a cínica – e falsa – polêmica repetida à exaustão por negacionistas, como Bolsonaro, de que para “salvar a economia” não se deve fazer nada contra a pandemia, o que na prática significa deixar as pessoas morrerem para garantir fictícios empregos aos sobreviventes.
A recuperação econômica do país se acelerou no terceiro trimestre à medida em que as atividades se normalizaram em meio ao controle em todo o país do novo coronavírus e aos esforços abrangentes do governo para estimular a demanda e o consumo, mostraram os dados oficiais.
Para superar o impacto do COVID-19 na economia do país e na sociedade, o governo implementou uma série de medidas, incluindo mais gastos fiscais, redução de impostos e cortes nas taxas de empréstimos e depósitos compulsórios dos bancos para estabilizar o crescimento e o emprego.
Com a epidemia amplamente controlada, fábricas e escolas foram reabertas e economia do país retoma suas atividades normais.
No terceiro trimestre, os principais indicadores voltaram ao patamar positivo, com a produção industrial crescendo 5,8% e as vendas no varejo registrando a primeira expansão trimestral deste ano, com alta anual de 0,9%. A renda disponível per capita aumentou 0,6% nos primeiros nove meses, em comparação com uma queda de 1,3% no primeiro semestre
“Vendo as tendências dos principais indicadores, a prevenção epidêmica e a recuperação econômica da China estão na vanguarda do mundo, o que mostra a forte resiliência e vitalidade da economia”, disse Liu Aihua, porta-voz do DNE.
Liu alertou que apesar das melhorias gerais, a base para uma recuperação sustentável requer mais consolidação devido às incertezas globais e ao desempenho desigual em casa.
“No geral, a China tem a base, as condições e a confiança para manter a tendência atual no quarto trimestre e no ano inteiro”, acrescentou Liu.
Segundo o último relatório do World Economic Outlook divulgado em 13 de outubro, o Fundo Monetário Internacional (FMI) projetou que a economia da China crescerá 1,9 % em 2020, 0,9 ponto percentual acima da previsão do FMI em junho, tornando-se a única grande economia que terá um crescimento positivo este ano.
Já a economia global, segundo o mesmo relatório, deve sofrer um tombo de 4,4% neste ano. Para os Estados Unidos, a projeção é de uma queda de 4,3% em 2020. Para a Alemanha, a previsão é de um tombo de 6%. E para o Reino Unido o FMI estima uma retração de 9,8%.