O ministro Ives Gandra Martins Filho, que está de saída da presidência do Tribunal Superior do Trabalho, aplicou mais uma medida contra os trabalhadores. O ministro acolheu recurso do sindicato patronal dos transportes metropolitanos de Vitória, no Espírito Santo, e reduziu o valor do reajuste que a categoria havia conquistado após dissídio coletivo.
Os acordos coletivos do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Espírito Santo (Sindirodoviários) foram determinados por meio de liminar do Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região, que julgou o dissídio de greve e definiu aumento de 3%, o que caracterizava aumento real de 1,2%.
O Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBUS) recorreu ao TST alegando que o aumento foi maior que o da inflação e os “parâmetros utilizados não foram adequados”.
O argumento do ministro foi o de que o reajuste no salário dos trabalhadores rodoviários “não pode” ficar acima da inflação. Isso porque, segundo ele, para haver aumento “seria indispensável a comprovação do aumento da lucratividade e produtividade da Empresa, o que aparentemente não ocorreu”. Ele estipulou que o reajuste tem de fuçar em 1,8%.
Já o aumento da passagem pode aumentar. O sistema de ônibus Transcol está custando R$ 3,40. A tarifa anterior era de R$ 3,20, o que significa um aumento de 6,25%. O valor da passagem no sistema municipal está R$ 3,35, – antes era R$ 3,15, um reajuste de 6,5 %.
O presidente do Sindirodoviários-ES, Edson Bastos, disse que pretende entrar com ação na justiça novamente: “A gente não foi notificado oficialmente ainda. Quando a gente for, já temos uma equipe de advogados analisando o que pode ser feito”, disse.