A multiplicação dos massacres de jovens nas escolas dos Estados Unidos – 18 somente neste ano – está provocando um crescente isolamento da Associação Nacional do Rifle (NRA, na sigla em inglês) ) e de sua bancada da bala, que vêm postergando qualquer alteração na legislação sobre a venda de armas.
Na semana passada, com o sangue ainda quente dos 17 estudantes assassinados na escola pública Marory Stonemam Douglas, em Parkland, na Flórida, manifestantes bradavam “sirva o povo, não o seu bolso” e intimavam as empresas atreladas à NRA a romperem seus laços ou arcarem com as consequências de um “boicote massivo”.
Assim, à medida que a pressão se espraiava, as empresas começavam a rever suas relações com o cartel e a anunciar o rompimento de seus tradicionais vínculos. Entre estas companhias estão a Delta (maior empresa aérea) e a United Airlines (terceira), que além de cortarem o desconto nas tarifas para os membros da NRA pediram a retirada de qualquer referência a elas na sua página da internet. Da mesma forma, a empresa de aluguel de carros Hertz; a Symantec Corp, que fabrica o Norton Antivírus; a companhia de seguros MetLife Inc e o First National Bank of Omaha.
Um dos adolescentes sobreviventes, David Hogg, também está liderando uma campanha contra o Estado da Flórida, sugerindo que os turistas não visitem suas cidades “enquanto não for aprovada uma legislação sobre o controle de armas”. Após a convocação de Hogg, várias redes hoteleiras comunicaram a separação da NRA.