Vítima de um enfrentamento social que ainda não arrefece na Colômbia, foi morto Flover Sapuyes Gaviria, integrante do movimento político Marcha Patriótica, pelas mãos de um assassino a soldo. O crime aconteceu no município de Balboa, departamento de Cauca, quando o líder social foi interceptado por um desconhecido em uma moto que atingiu Gaviria com cinco disparos.
A organização exigiu ao presidente colombiano, Juan Manuel Santos, que garanta a segurança das comunidades rurais.
As eleições legislativas e presidenciais que ocorrerão, respectivamente, em março e maio de 2018, tem sido combustível para essa tensão. Desde o início da campanha eleitoral em dezembro passado, se registraram 62 casos de violência contra líderes sociais, políticos e comunais.
A secretária executiva do Comitê Permanente pela Defesa dos Direitos Humanos (DDHH), Erika Gómez Ardila, afirmou, na segunda-feira, 26, que o governo da Colômbia não tem implementado uma política “o suficientemente contundente” para enfrentar a onda de violência contra líderes sociais.
“Não há uma política que seja o suficientemente contundente, mas que ademais seja o suficientemente idônea para frear esse incremento de homicídios que tem se apresentado no país”, asseverou.
Erika reiterou que os assassinatos registrados após a assinatura do Acordo de Paz em Havana (Cuba) correspondem a uma sistematicidade, já que desde 2016 até a data tem ocorrido mais de 300 homicídios contra dirigentes sociais e defensores dos Direitos Humanos.