A deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), disse que “o PT não está morto”, mas precisa de uma “chacoalhada”.
Para Gleisi Hoffmann, “a narrativa de derrota, de enfraquecimento do PT não é correta. É verdade que o PT não cresceu nesta eleição, não fez o que se estimava, mas o PT não está morto. Temos que fazer a discussão dos desafios que temos de imagem, comunicação, posicionamentos”.
O partido perdeu cerca de 30% das Prefeituras que tinha desde 2016 e não foi eleito em nenhuma capital, pela primeira vez desde 1985.
Em 2016, o PT elegeu 255 prefeitos pelo país, o que já significava uma queda profunda em relação a 2012, quando o partido elegeu 636 prefeitos.
Agora, o partido conseguiu ser eleito em 179 Prefeituras. O PT foi o partido com mais recursos do Fundo Eleitoral, somando R$ 201 milhões sozinho.
“Diria que estamos em um processo de saída dos piores momentos e na entrada na recuperação do partido. Não com a hegemonia como nós tínhamos, mas depois da queda bruta estacamos e agora começamos um processo de reposicionamento e reconstrução”, disse Gleisi.
A presidente da legenda acredita que “a forma de organização do partido está obsoleta. A gente tem que dar uma chacoalhada, voltar a ter núcleos, mais presença nos territórios, estimular mais os nossos setoriais de juventude, principalmente, de mulheres a fazer esse trabalho”.
Gleisi também afirmou que pretende “falar mais com a sociedade sobre o que aconteceu com o PT, a criminalização que foi injusta, os processos, a perseguição. Fazer essa defesa de forma mais contundente e ampliada, sistematicamente”.
“É verdade que perdemos prefeituras menores. Isso é uma questão que vamos avaliar. Mas a avaliação é que o resultado foi razoável, regular para o PT”, argumentou.