O Diretório Nacional do PSB decidiu, na sexta-feira, por 80 a 0, recomendar à bancada federal do partido que não apoie a candidatura de Arthur Lira (PP) ou qualquer outro nome apoiado por Jair Bolsonaro ao comando da Câmara dos Deputados.
O líder da bancada do partido, deputado Alessandro Molon (RJ), comemorou a decisão: “não poderia ser diferente!”. E parabenizou o presidente da legenda Carlos Siqueira. “Seguimos firmes na luta!”.
Para Molon, “é inadmissível” o apoio a Lira. Ele reagiu à informação de que o partido já havia tomado decisão pelo apoio à candidatura do deputado do PP. “É falsa a informação de que o PSB já tomou a decisão sobre quem apoiar para a presidência da Câmara”.
“O presidente Carlos Siqueira deu uma declaração que não autoriza a adesão ao candidato de Jair Bolsonaro”, continuou.
“A principal contradição que vivemos hoje é entre a democracia e o autoritarismo”, enfatizou Molon.
Em uma reunião da bancada, alguns parlamentares pessebistas defenderam apoiar Lira, mas a reação contrária foi grande, como visto na decisão do Diretório.
Para o presidente da legenda, Carlos Siqueira, a independência das presidências do Senado e da Câmara deve ser o critério para escolher os concorrentes aos cargos.
“A eleição das presidências da Câmara e do Senado passam pela autonomia do legislativo. Sem separação dos poderes não há democracia digna deste nome!”, defendeu em mensagem no Twitter.
O ex-senador João Capiberibe (AP), a deputada Lídice da Mata (BA), o ex-governador Rodrigo Rollemberg, do Distrito Federal, e o ex-deputado federal Beto Albuquerque (RS) também se pronunciaram contra o nome de Bolsonaro para presidir a Câmara.