O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, em discurso na Cúpula do Clima patrocinado pela ONU, fez um apelo aos líderes dos países a que “declarem emergência climática em seus países”, para que haja ações que evitem o aquecimento global, considerado catastrófico, e questionou: “alguém ainda consegue negar que estamos enfrentando uma emergência climática?”
Como que a lamentar a ausência de países como o Brasil, Guterres insistiu na necessidade de que mais líderes se envolvam nesta batalha: “a humanidade ainda está atrasada nessa corrida contra o tempo.”
A reunião da Cúpula tem como objetivo impulsionar ações que garantam a neutralidade de carbono no mundo. A chamada neutralidade de carbono ocorre quando um país garante que a emissão de carbono por ação humana equivale à capacidade de absorção por meios naturais, florestas, solos entre outros escoamentos existentes no planeta.
O limite considerado menos desastroso pelo Painel Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas (PIAC) é de um aquecimento de até 1,5º C, até 2050, esta também é a definição no Acordo de Paris, que foi assinado por 196 países.
Os incêndios florestais, que causam a alteração dos solos e o desflorestamento estão entre as principais ocorrências que provocam a destruição dos meios de escoamento de gás carbono.
A China busca avançar, de forma mais robusta, meios de alcançar metas de descarbonização a médio prazo. Ela apresenta, por meio de eficiência energética e aumento de eletricidade gerada através de fontes renováveis, eólica e solar, soluções para alcançar seu compromisso com o Acordo de Paris, conforme frisou no encontro o presidente Xi Jinping.
A Cúpula do Clima deste sábado deixou o presidente Jair Bolsonaro de fora. Graças a sua desastrada condução em termos da defesa do meio ambiente, o Brasil foi barrado por não apresentar nenhum plano para diminuição da emissão de carbono, o projeto apresentado foi rejeitado pelos técnicos do organismo ambiental, tornando o país um pária ambiental.
O desmatamento da Amazônia já registra a maior destruição em 12 anos. O Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe), divulgou, no dia 30 de novembro, que o desmatamento na floresta teve sua área aumentada em 9,5% entre os meses de agosto de 2019 e junho de 2020, em relação a igual período de um ano antes.