Os portuários da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), empresa que administra o Porto de Santos, no litoral de São Paulo, entraram em greve nesta segunda-feira, 05, contra o descumprimento do acordo coletivo de 2017. A paralisação dura 24 horas e houve protesto em frente ao portão da presidência da estatal.
Segundo o presidente do SINDAPORT (Sindicato dos Empregados na Administração Portuária), Everandy Cirino dos Santos, a decisão da categoria foi tomada neste domingo, 04, porque a Codesp não cumpriu o acordo coletivo de trabalho do ano passado, que prevê aumento salarial retroativo a 1º de junho de 2017. “Em setembro, o acordo coletivo 2017 foi assinado, mas uma cláusula especificava que após 90 dias as partes, Sindicatos e Empresa, negociariam o índice para o reajuste salarial a ser pago de forma retroativa. Porém, até hoje, aguardamos que o Governo autorize a Codesp a conceder o aumento salarial”, ressalta o sindicalista.
Além da greve, a categoria também instaurou dissídio coletivo no Tribunal Regional do Trabalho, em São Paulo. Quase mil funcionários da área administrativa aderiram à greve. Eles são responsáveis pela entrada e saída de navios do Porto de Santos. Segundo a Codesp, por conta da paralisação, a atracação funciona com equipes reduzidas.
“Sempre primamos pela negociação e provamos que estivemos abertos a conversa. Demos prazos para a negociação e respeitamos todos os prazos solicitados, porém, não dá para aguentar mais. O acordo coletivo de 2017 foi fechado com a expectativa de negociação do reajuste salarial. Por isso vamos partir para a Justiça para que possamos ter nossos direitos garantidos”, disse Everandy Cirino.