
Após viver em condições análogas à escravidão desde a infância, Madalena Gordiano, uma mulher negra, de 46 anos, foi libertada em ação do Ministério Público do Trabalho e da Polícia Federal, no interior de Minas Gerais.
A ação aconteceu no fim de novembro, após investigações do MP e PF, em Patos de Minas, e foi divulgada pelo Fantástico, da rede Globo, no domingo (20).
A mulher vivia reclusa desde os 8 anos de idade, quando foi levada por uma família para servir como doméstica. Madalena viveu reclusa por 38 anos, sem frequentar a escola, sem salário, sem direitos e sob vigilância dos patrões.
O calvário de Madalena veio à tona após os vizinhos suspeitarem de que havia alguma coisa errada, pois Madalena passou a deixar bilhetes em baixo da porta pedindo dinheiro para comprar materiais de higiene pessoal.
“Ela não tinha registro em carteira, um salário mínimo garantido, férias. Ela não tinha descanso semanal remunerado”, afirmou o auditor fiscal Humberto Monteiro.
A empregada doméstica conta que cresceu ajudando a cuidar da casa e criar os filhos de Maria das Graças. “Ajudava a arrumar, a cozinhar, lavar o banheiro, passar pano na casa”.
Segundo a reportagem do Fantástico, Madalena trabalhou primeiro para a matriarca da família e depois para o filho, que é professor universitário.
Após ser resgatada, ela agora vive em um abrigo para mulheres vítimas de violência.
Segundo o MPT, os responsáveis são investigados por submeter uma pessoa à condição de trabalho análogo ao escravo e tráfico de pessoa. Também podem responder por apropriação indébita e a pena pode chegar a 20 anos de prisão.
Qual a matéria o professor lecionava?
Zootecnia suína.