A produção industrial física brasileira caiu -2,4% no mês de janeiro, em relação ao mês anterior (dezembro do ano passado). O resultado jogou por terra a falácia do governo Temer de que estaria havendo uma “recuperação da economia” e de que o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todas as riquezas da nação – de 1% em 2017, revelaria um “crescimento forte”, conforme disse o ministro Henrique Meirelles, após sua divulgação pelo IBGE. Não há, portanto, qualquer crescimento significativo, e muito menos sustentável, da produção industrial no país.
“Essa foi a maior queda na produção industrial desde fevereiro de 2016 (-2,5%)”, registrou o instituto nesta terça-feira (6). Os resultados do primeiro mês do ano, nas grandes categorias econômicas foram negativos: Bens de Capital – aqueles bens que servem para a produção de outros bens como máquinas e equipamentos, materiais de construção e instalações industriais – caíram – 0,3%; Bens Intermediários -2,4%; Bens de Consumo Duráveis -7,1% e os Bens Semiduráveis e não Duráveis, que tiveram uma variação de 0,5%, ou seja, ZERO.
No período de dezembro a janeiro, 19 dos 24 ramos da indústria pesquisados apresentaram resultado negativo. “Um perfil generalizado de queda”, diz o IBGE. A principal influência negativa no resultado da produção foi assinalada por veículos automotores, reboques e carrocerias (-7,6%), devolvendo, assim, parte da expansão de 9,1% verificada no mês anterior. Esse resultado foi influenciado pelas exportações.
Outras contribuições negativas relevantes sobre a produção industrial vieram de metalurgia (-4,1%), de produtos de borracha e de material plástico (-5,4%), de produtos alimentícios (-1,1%), de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-2,4%), de outros equipamentos de transporte (-12,1%), de produtos de metal (-4,9%), de produtos diversos (-11,2%), de celulose, papel e produtos de papel (-3,3%) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,6%). Esta última atividade do setor de petróleo e gás recuou pelo quarto mês consecutivo e acumulou perda de -7,5%.